Se há quem aponte o dedo à falta de limpeza, outros alertam para o não funcionamento do elevador há vários anos no Centro Coordenador de Transportes, o que tem provocado “limitações” a quem se encontra nesta estrutura
A passagem interior do Centro Coordenador de Transportes à Avenida Dr. Renato Araújo é feita por duas escadas rolantes. Maria Silva, tal como centenas de pessoas, atravessa todos os dias as passadeiras e alerta ´O Regional´ para a falta de limpeza geral, em particular daquelas. “Estão constantemente sujas. Sinais de gordura. Um desleixo total”. Maria revela que já questionou o município relativamente ao assunto. “A pessoa em causa não valorizou muito e disse-me que tinham lá uma equipa de limpeza todos os dias”.
Mas os alertas relativamente à limpeza por parte daquela sanjoanense não ficam por aqui. “Os candeeiros e os fios estão cheios de cotão. Os vidros das escadas rolantes cheios de manchas nojentas, já para não falar da gordura nas escadas interiores. Há produtos para remover a sujidade mais difícil”, lembra.
Rosa Lima aguardava por um autocarro que a levaria a uma consulta na cidade do Porto. Diz já ter reparado que o espaço “poderia” ser mais asseado e que a limpeza não será efetivamente a melhor. “Já encontrei as casas de banho limpas, é verdade. Mas já as encontrei muito sujas e até comentei com pessoas que trabalham cá que me dizem que basta meter-se um feriado que é o suficiente”. Na sua opinião, as escadas rolantes “nunca devem ter sido limpas”, desde que ali foram colocadas. “Há equipamentos específicos para as limpar. Dá, infelizmente, uma imagem negativa a quem chega, de autocarro, a S. João da Madeira”, frisa.
A autarquia explica, por sua vez, que paga cerca de “9.400 euros por ano pelo serviço de limpeza de todo o edifício”, que inclui o Centro Coordenador de Transportes e a Casa das Associações. O serviço de limpeza naquele espaço é prestado em “outsorcing, por parte de duas funcionárias, todos os dias úteis, efetuando-se, uma vez por mês, também a limpeza dos envidraçados”, enfatiza o município. Este serviço de limpeza é “monitorizado” por um funcionário municipal que se encontra destacado para o efeito.
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3898 de O Regional,
publicada em 30 de junho de 2022