Cerca de 80 alunos do 1º e 2 º ciclo dos Agrupamentos de Escolas de S. João da Madeira vestiram as fardas de agentes da PSP e participaram numa ação de policiamento invulgar. O objetivo foi sensibilizar os automobilistas contra infrações na estrada.
A Débora e o Afonso, ambos com 10 anos, querem ser polícias. Vestidos a rigor, acompanhados pelos agentes da Escola Segura da esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) de S. João da Madeira, repetiam o que os agentes diziam: “Bom dia, senhor condutor, queremos ver os seus documentos, estamos aqui para lhe dizer que não fale ao telemóvel, enquanto conduz, tenha atenção às passadeiras, não beba bebidas alcoólicas, se for conduzir, traga sempre o cinto de segurança…”.
Estas foram algumas das mensagens na primeira ação junto da Escola Oliveira Júnior, quinta-feira, dia 9, a meio da manhã, uma parceria entre a PSP e a autarquia de S. João da Madeira, no âmbito do dia Europeu da Segurança Rodoviária, que se assinalou nesse dia.
Durante três dias, cerca de 80 alunos, do 1º e 2 º ciclos, dos Agrupamentos de Escolas de S. João da Madeira, divididos em grupos de vinte alunos por ação, todos vestiram a personagem de agentes da PSP, por algumas horas.
"Hoje aprendemos aquilo que fazem os policias quando mandam parar os carros, para saber se os condutores têm a documentação da viatura em ordem”, atira Débora Sofia, que não esconde a vontade se seguir esta profissão. “Agora já tem muitas senhoras que são polícias e eu também gostava de ser”. A mesma ideia é partilhada por Afonso Melo. “Adorei a experiência. Senti-me uma pessoa importante, e os condutores são muito simpáticos”, apesar de assumir que estava “nervoso”.
“Acho que se trata de uma boa iniciativa entre as escolas e a Polícia”, permitindo às crianças “terem conhecimento do papel, da importância e da responsabilidade das nossas autoridades junto da comunidade”, assumiu Daniel Silva um dos primeiros condutores a parar nesta operação STOP.
Uns metros mais à frente, Beatriz Lisboa e Mariana Costa faziam paragem a uma viatura que também por ali passava. Pediram os documentos, verificaram a identidade da condutora e questionaram se a mesma transportava normalmente crianças, alertando que as crianças têm que ser transportadas nos bancos da retaguarda, com a colocação do sinto de segurança. “Estou muito contente por ter partilhado estas mensagens”, refere Beatriz, futura Educadora de Infância. Mariana quer ser médica e diz ter ficado baralhada depois desta experiência. “Gostei tanto que poderei também ser policia”. No final, estes jovens agentes nem uma multa passaram. “Felizmente não houve penalizações, já que os condutores tinham os devidos documentos em ordem para prosseguir viagem,”, disse Mariana Costa convicta do que se lia no papel que estava a assumir.
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