Moradores estão “cansados” e os comerciantes preocupados com a demora das obras na Rua Padre Oliveira. A intervenção deveria estar terminada a 5 de maio, mas a autarquia já confirmou o atraso e aponta, agora, para uma conclusão no dia 19.
A situação parece estar a atingir com maior intensidade os negócios que vivem dos clientes de passagem, visto que as alterações na via obrigaram as pessoas procurar outras soluções. Desde 14 de abril que decorrem as obras na interseção da Rua Alão de Morais com a Rua Padre Oliveira, junto da Biblioteca em S. João da Madeira, estando a dificultar o acesso a quem ali mora e tem estabelecimentos comerciais.
O barulho das máquinas e a poeira que anda constantemente no ar acabam por afastar as pessoas dos espaços comerciais da zona. “As obras têm que ser feitas, mas, nestes dias, o negócio caiu drasticamente. As pessoas não podem passar com os carros, não podem circular e até o acesso aos correios diminuiu”, comentou o responsável por um café nesta rua.
A autarquia explica que a intervenção no local “obedece ao mesmo princípio de outras” que têm vindo a ser realizadas pela Câmara Municipal em diferentes pontos da cidade, “reabilitando passeios e dotando-os com condições para utentes com mobilidade condicionada”. A empreitada contempla igualmente a “reordenação do estacionamento à superfície, modernização de infraestruturas elétricas e arborização, traduzindo-se numa operação que irá culminar na valorização urbanística de todo o arruamento”, explica a autarquia.
Mas, apesar das explicações do município, estas parecem não agradar a todos. Moradores de um condomínio onde, em frente, decorrem as obras, assumiram a ‘O Regional’ que estão “cansados” e assumem que foram “surpreendidos” com o arranque das mesmas. “Ninguém nos disse quando iam começar e, até ao momento, não nos deram qualquer indicação de quando vão terminar”. Apesar de poderem “entrar e sair” com as viaturas nas garagens do edifício, adiantaram que “há moradores que já foram multados pela polícia quando estão a sair das garagens e se tentam desviar das obras em curso”.
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3842 de O Regional, publicada em 6 de maio de 2021.