São cerca de dez os relógios públicos na cidade, mas nem todos batem a hora certa. Se uns primam pela badalada na hora exata, outros nem por isso, e alguns já nem têm ponteiros, mas, felizmente, os da igreja, capelas e farmárcias estão a funcionar
É caso para dizer: (H)ora esta….Há, pelo menos, dez relógios públicos na cidade de S. João da Madeira e só praticamente os da igreja, capelas e de duas farmácias se prezam em ter as horas certas, com dignidade, corretamente. Encontramos de tudo na cidade. Uns atualizados, outros com os ponteiros a indicarem uma hora diferente, relógios digitais muito adiantados e outros, até, sem ponteiros.
São muitos os relógios públicos que, do alto das grandes torres, olham tristes para a população, mantendo-se de pé, com a incerteza das badaladas. Às voltas com tantas horas, andamos a rondar a perícia dos relógios que fazem mexer esta cidade e descobrimos que, aqui, nem sempre existe a denominada “hora de ponta”. Descobrimos, na rua 5 de Outubro, um relógio digital que, além de muito adiantado, indicava também uma temperatura superior aos 23 graus quando, na verdade, estavam 17. O relógio da torre dos CTT nem se preocupa com pormenores: parou definitivamente e, agora, só recebe os dejetos das aves sedentárias. O nosso relógio de pulso, seguríssimo, mostra as 14 horas, aquele… já fim de tarde. Trata-se do relógio de uma empresa muito prestável, que tenta andar a horas com a correspondência do cidadão. Agora percebe-se a razão de muitos populares, quando afirmam que o correio chega, por vezes, tarde e a más horas. É que o mesmo está completamente adormecido. Parado, para sermos mais explícitos.
Existe, ainda, o relógio da torre de Oliva. Embora a empresa já esteja parada há um bom par de anos, o seu relógio continua ativo. Mas atrasado. Depois, encontramos o relógio da Estação da CP. Este, além de não dar horas, nem ponteiros tem. Foi completamente vandalizado. Na nova capela do Parrinho existe um relógio que não é visível, mas as badaladas surgem com pontualidade e certeiras. Seguem-se os relógios da capela do Parque, da Igreja Matriz, do Eletrónico Renato Araújo, um pequeno na Rua Visconde e do Centro Coordenador de Transportes e, embora o tempo não ajude, temos o relógio de sol na Mourisca. Não ficam muito mal ali pendurados. São uns bibelôs urbanos que observam o tempo a passar e saúdam, sem convicção, os sanjoanenses em correria quotidiana pelas ruas e vielas citadinas.
É caso para se dizer, com pontualidade: (H)ora esta!