'O Regional' foi visitar parte das Habitações Sociais da Praça Barbezieux, mais precisamente o bloco esquerdo localizado na Avenida de Casaldelo. A parcela, também gerida pela Habitar, é a casa para 21 inquilinos, divididos por 7 andares
Filomena Guerra recebeu-nos em sua casa, onde também pudemos falar com Elisabete Pinho, sua vizinha e das suas “melhores amigas. Ambas conheceram-se nesse mesmo local e aproveitaram para nos contar os seus percursos de vida e como se sentem ao viver aí. A cinquentenária é doente oncológica e tem problemas de comorbidade, mora sozinha neste bloco há oito anos e fez questão de nos mostrar todo o seu apartamento. Ainda explicou que não conseguia comportar a renda do espaço onde residia anteriormente, que se fixava nos 300€, daí ter requerido habitação social. Elisabete Pinho, por sua vez, é residente há 12 anos, (vive com o seu marido e filha), e a sua família foi elegível para o espaço, uma vez que o marido sofreu um AVC e necessitava de viver num prédio que possuísse elevador, que era o caso deste.
O prédio “tem boas condições de habitabilidade”, denotou FG apenas notando que existe um pouco de humidade na casa de banho, situação corroborada por Elisabete Pinho. “Mas eles já estão a resolver isso”, o ano também foi “mais chuvoso”, mas “de resto o meu está igual a este”.
“A mudança da caixilharia era o que estávamos mesmo a precisar porque entrava muito ar e estava tudo cheio de buracos”
Com obras a decorrerem no prédio há cerca de dois meses, já antes Elisabete e o marido haviam pedido ao Município para “colocar corrimões” para pessoas com mobilidade condicionada descerem, uma vez “que só havia um para subir”. “Quem diz aqui diz nas escolas, as coisas têm de mudar”, chamou à atenção. As intervenções que estão a ser feitas resumem-se ao recolocar de capoto nas fachadas exteriores, colocação de “vidro duplo”, arranjo das “varandas” e também a pintura dos interiores. “Esta é a primeira vez que a câmara está a atuar, pois antes destes melhoramentos era sempre a Habitar”. As moradoras também salientaram que se queixavam muito desta situação, ou seja, dos vários melhoramentos a realizar, mas que “quando houve oportunidade de melhorar através deste programa” o município atendeu aos pedidos. Com as obras, as moradoras também se queixam que “há muita confusão”, sendo que “há sempre o que limpar”, uma vez que o capoto antes existente foi removido. “Mas temos de ter paciência”, concordaram.


Salientaram que “com estas alterações”, o resultado final vai ser positivo, pois vai ser ainda “diminuído o passeio”, e realizada uma rampa “bem feita”, uma vez que na opinião das inquilinas a existente tem alguns problemas de segurança. “A que temos ali em baixo, mesmo que vá alguém a empurrar está sujeito a cair”, evidenciaram. Elisabete Pinho referiu ainda que quando colocaram a atual “rampa”, acabaram por retirar o corrimão ao seu marido, e às restantes pessoas com mobilidade reduzida. Todavia ambas as entrevistadas frisaram que “no geral” estão “muito satisfeitas com a atuação da Habitar e do município de S. João da Madeira”.
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