No âmbito do Dia Mundial de Combate ao Bullying e de acordo com o Comando Distrital de Aveiro, foram feitas 103 ações de sensibilização em 50 escolas que englobaram mais de dois mil alunos, nos quais 658 foram abordados individualmente.
A sensibilização para o bullying, termo que descreve atos de violência física ou psicológica, a par do cyberbullying, uma espécie de bullying virtual, foi abordada pela PSP em estabelecimentos de ensino do 1.º ao 3.º ciclo e do ensino secundário, envolvendo crianças e jovens dos seis aos 18 anos. Segundo os dados avançados pela autoridade policial, foram sensibilizados mais alunos em comparação ao ano letivo anterior.
No ano letivo 2022/2023, foram realizadas 6.213 ações sobre bullying e cyberbullying, nas quais participaram 120.394 alunos. Já no ano letivo 2023/2024, observou-se um aumento de cerca de 10% de participantes, que se traduz em 132.307 alunos. Das 2.956 ocorrências criminais registadas pelas Equipas do Programa Escola Segura (EPES) no último ano letivo, 134 estão relacionadas com situações de bullying e 30 estão relacionadas com situações de cyberbullying.
Durante o período da operação, a PSP também promoveu uma campanha de sensibilização nas redes sociais, com partilha de conteúdos de prevenção deste fenómeno e na forma como as pessoas podem auxiliar as vítimas deste tipo de crime e o próprio agressor.
A PSP recordou que este tipo de vitimização poderá ocorrer “durante bastante tempo até ser notado e/ou denunciado”, uma vez que é “passível de ocorrer de forma dissimulada ou de ser desvalorizado”. “Tendo em conta que contribui de forma significativa para a degradação do sentimento de segurança, especialmente no seio da comunidade escolar, este fenómeno merece especial atenção por parte da PSP, razão pela qual constitui uma das nossas prioridades no âmbito da prevenção criminal”, garantiu a força de segurança. A operação nacional teve como objetivos aumentar o conhecimento sobre este fenómeno, fazer crescer o sentimento de intolerância e de rejeição para com as práticas de bullying, fomentar a confiança nas capacidades da PSP e alavancar a atenção dos pais, educadores e outras testemunhas, aumentando “a confiança na denúncia” aos polícias da Escola Segura “como forma de desencadear a resolução desta problemática”.