A dois meses de assinalar o seu centenário, a Misericórdia de S. João da Madeira recordou o seu fundador, numa cerimónia que contou com a presença do Bispo do Porto.
A Santa Casa da Misericórdia de S. João da Madeira está prestes a assinalar um século de existência (dezembro 2021). O arranque das comemorações teve lugar ontem, dia 20, no dia em que se assinalam os 108 anos do falecimento do Benemérito Instituidor, Francisco José Luiz Ribeiro. Para marcar o momento, foi realizada uma eucaristia na Igreja Mariz de S. João da Madeira, presidida pelo Bispo do Porto, D. Manuel Linda.
“A misericórdia é sempre uma expressão de amor e nós como somos carentes precisamos de dar e de receber. E as misericórdias sabem fazer isto de uma forma extraordinária e a de S. João da Madeira fá-lo há 100 anos”, enfatizou o Bispo a ´O Regional´ salientando a importância que o nome de Francisco José Luiz Ribeiro tem na cidade. Para o representante da igreja a importância destas instituições junto da população é “total”. “O Estado jamais poderá intervir em todas as áreas” e quando o faz “já é tarde e sem o espirito de calor” justificando que nesse campo as misericórdias “sabem cuidar com o coração nas mãos”.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia começou por manifestar o reconhecimento e total agradecimento ao “nosso” Instituidor, Francisco José Luís Ribeiro. José António Pais Vieira lembrou que no testamento o fundador especificou as suas últimas vontades, e além de assegurar o futuro dos irmãos e da “velha” criada de servir, deixou “todos os outros bens, representados por terrenos e edifícios, títulos de crédito e depósitos bancários, com a finalidade de ser construído um Hospital de S. João da Madeira”, uma realidade que viria a acontecer, uma vez que já em 1921 haviam conseguido edificar o tão desejado hospital.
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3862 de O Regional, publicada em 21 de outubro de 2021