Passeios deformados, queda de ramos, falta de podas parciais são alguns dos inconvenientes causados pela presença de várias espécies de árvores de grande porte em zonas residenciais, que motivam queixas dos cidadãos em S. João da Madeira.
As queixas não são recentes, mas voltaram a surgir depois da queda, na última semana, de uma árvore de grande porte, na Praça Barbezieux, e da queda de ramos dentro da Escola Básica dos Ribeiros, atingindo dois alunos e uma funcionária.
Na Avenida da Liberdade, em S. João da Madeira, os moradores, à conversa com ´O Regional’, reclamam das árvores que, por não serem podadas há muitos anos, “têm crescido muito em altura, impedindo a entrada de luz solar nas habitações e estabelecimentos comerciais”. Referem mesmo que este “é um problema” que se repete pela cidade, mas há mesmo quem afirme que o presidente da autarquia tem conhecimento desta situação e que a “deixa arrastar no tempo”.
No entanto, o presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira garantiu, esta semana, a ´O regional’ que a autarquia contratou uma técnica que está “permanentemente a trabalhar na avaliação das árvores”. Jorge Vultos Sequeira revela que, fruto desta avaliação, a autarquia adjudicou há dias um serviço de arboricultura que procederá ao “abate e poda de aproximadamente 500 árvores”, em várias ruas da cidade.
Luís Oliveira passa com regularidade por esta avenida. “Os ramos das árvores batem na cabeça das pessoas. Isto, de noite, até é perigoso pela escuridão”, revela a ´O Regional´, não poupando ainda críticas ao pelouro do ambiente do município e à Proteção Civil. “Ninguém faz nada, e parece que, aqui, o senhor presidente só dá prioridade aos jardins. A iluminação é abafada pelos ramos das árvores”. Entende ainda a necessidade “urgente” do abate de várias árvores que “estão já com inclinação e raízes a levantar passeios”, afirmando que “não se justificam tantas árvores juntas” em vários pontos da cidade, onde a “iluminação é abafada pelos ramos das árvores”.
Uma moradora, que pediu reserva de identidade, da Avenida Dr. Renato Araújo, conta que tem alturas em que “não temos luz solar, e as casas tornam-se até frias e com sinais de humidade”. Com a vegetação a “bater nas paredes do prédio”, não entende como “a autarquia deixa chegar os ramos a este estado. Os sanjoanenses não podem andar na rua, com medo que lhes caiam galhos das árvores em cima, e muito menos estarem atentos ao chão, para não caírem, no estado em que estão os passeios”. A moradora entende que na “sua” avenida nem se justificam tantas árvores. “Os ramos provocam um verdadeiro túnel, tem árvores de um lado e do outro e no meio da faixa de rodagem. Um absurdo. Nos dias de inverno é uma escuridão que até mete medo”, garante.
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