Na Páscoa de 2021, tal como na de 2020, as portas da cidade não podem abrir-se para a visita pascal. Mas, ao contrário do ano passado, as portas da igreja podem estar abertas para receber os fiéis sanjoanenses.
Paulo Isidro Silva, que também faz parte da Comissão Permanente do Conselho Paroquial de Pastoral, integra equipas do compasso pascal, desde criança. O sanjoanense, de 50 anos, contou a ‘O Regional’ que, “quando era criança, ia com a campainha”.
Há dois anos, na última vez em que o compasso saiu pela cidade, e devido a uma “iniciativa da paróquia” de convidar famílias, Paulo Isidro Silva fez-se acompanhar pela esposa e pelos dois filhos. “Foi uma experiência muito gratificante, e extraordinária para a própria vivência familiar das festas da Páscoa”, apontou.
Nesse sentido, afirmou também que, para “as pessoas que estão envolvidas nessa vivência religiosa” houve, no ano passado, uma “estranheza”, devido às restrições adotadas no âmbito do combate à pandemia de covid-19, que foram “mais graves”, pois não permitiram “qualquer possibilidade de se fazer de forma diferente” as celebrações da quadra.
Assim, o dia de Páscoa acabou por se resumir a uma “vivência mais familiar”, deixando de ser, como habitualmente, tão “comunitária”, segundo o cidadão, que aproveitou para deixar claro que o contacto da paróquia com os paroquianos é “uma das preocupações neste momento”. “Aproximar as famílias da paróquia e aproximar a paróquia das famílias é o lema deste ano”, sublinhou.
Quanto à preparação das celebrações da Páscoa, em 2021, tendo havido mais tempo para assimilar as restrições da pandemia — por comparação com o ano passado, em que tudo foi mais inesperado — o sanjoanense referiu, ainda assim, que houve “sempre o princípio da incerteza”, sendo que se procurou “reagir e preparar planos alternativos para ir ao encontro do que seria possível e desejado, dado o enquadramento do pandemia”.
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3837 de O Regional, publicada em 1 de abril de 2021.