Sociedade

Após arranque caótico, UNIR prevê estabilizar operação até ao final do mês

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Todos os horários da rede UNIR estarão disponíveis até ao final desta semana e a Área Metropolitana do Porto prevê que a operação esteja estabilizada até ao final de fevereiro. As garantias foram dadas na assembleia municipal.

Numa longa assembleia, a nova rede de transportes da Área Metropolitana do Porto (AMP) – a UNIR – foi um dos assuntos em destaque. Como 'O Regional' oportunamente noticiou, a operação arrancou a 1 de dezembro envolta em críticas, entre elas a falta de informação ou a supressão de linhas e horários. Dois meses volvidos, há constrangimentos que persistem. A assembleia decidiu, em dezembro, convocar o Secretariado Executivo Metropolitano a prestar esclarecimentos, algo que aconteceu na sessão de 1 fevereiro. Ariana Pinho, primeira-secretária deste órgão, começou por apresentar um pedido de desculpas. “Em nome da AMP e, sobretudo em nome pessoal […] devo pedir desculpas a todos os cidadãos da AMP que têm sido penalizados pelo processo”, afirmou, passando depois a explicar o “complexo processo” que conduziu à implementação da nova rede. (ver caixa)
Foram muitas as questões – e também as críticas – colocadas na sessão pelas diferentes forças partidárias. Ariana Pinho reconheceu que o arranque da UNIR “não correu bem”. “Em alguns lotes começou pior do que noutros e o lote 5 (que integra S. João da Madeira, Feira, Oliveira de Azeméis, Arouca e Vale de Cambra), infelizmente, por diversas vicissitudes começou um bocadinho pior”, admitiu. A responsável explicou que o operador responsável por este lote – a Xerbus – “nunca tinha operado em Portugal”, uma dificuldade a que se juntam outras, como a falta de motoristas ou os constrangimentos na entrega de viaturas. “O operador tem neste momento para licenciar um elevado número de veículos novos”, indicou, afirmando que a equipa da AMP que está a gerir a operação tem prestado apoio no licenciamento junto do IMT. Uma equipa reduzida, salientou Ariana Pinho. “Para gerir uma operação de 350 milhões de euros, que envolve 16 municípios, a AMP tem cinco técnicos. Pode parecer-vos irreal e podem-se perguntar porque é que não temos mais”, disse. A equipa é diminuta já que está em curso a criação de uma empresa metropolitana de transportes que irá gerir toda a operação no futuro. “Temos muitas dificuldades, confesso, trabalhamos sábados e domingos, andamos a fazer fiscalização de autocarros, fazemos tudo aquilo que podemos. Não serve de desculpa, mas também serve para o enquadramento da situação que vivemos”, justificou.
Outra dificuldade enunciada pela responsável foi o facto de a rede UNIR ter sido “projetada e planeada em 2019”, sendo que o início da operação ficou marcado por “algum desfasamento relativamente às necessidades das pessoas”. “É isso que estamos a tentar corrigir diariamente”, denotou, evidenciando que este é um trabalho “muito complexo” porque é necessário conciliar linhas que abrangem vários concelhos.

Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa n.º 3974, de 8 de fevereiro ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/
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