Alunos agrediram-se durante aula. Um dos estudantes recebeu assistência médica

Dois alunos do Agrupamento João da Silva Correia envolveram-se em agressões durante uma aula de Matemática. Um dos estudantes teve de receber assistência médica. A direção do agrupamento confirma a agressão e abriu um processo interno para averiguar.

Dois alunos da Escola Básica 2/3 do Agrupamento João da Silva Correia envolveram-se em agressões físicas durante uma aula de Matemática. Segundo apurámos, o incidente ocorreu na quinta-feira, dia 6, e envolveu dois jovens de 16 anos. O desentendimento entre eles terá começado com “provocações verbais”.
A agressão foi confirmada ao nosso jornal por Ana Magda, diretora do agrupamento, que adianta que o incidente entre os dois alunos “foi prontamente resolvido. Entretanto, encontra-se a decorrer um procedimento disciplinar, para a aplicação de medidas sancionatórias".
Segundo soubemos, junto de um familiar de um dos jovens envolvidos, as agressões físicas terão começado antes do arranque da aula. Já no interior da sala, a situação escalou, ao ponto de um dos alunos precisar de assistência médica. Este familiar do jovem agredido não escondeu a indignação, uma vez que garante que o seu familiar há muito que sofria de “bullying”, que tentava não “valorizar” as “palavras que ia ouvindo e que o magoavam”.
O estudante agredido teve de receber tratamento hospitalar. Foi transportado para o Hospital São Sebastião, na Feira, e, posteriormente, transferido para um hospital no Porto. “Teve de receber tratamento específico na gengiva”, assegura a mesma fonte.
O caso foi reportado à PSP e, ao que se sabe, enviado para o Ministério Público.
Mafalda Ferreira, responsável pelo Observatório Nacional do Bullying (ONB), disse, em fevereiro deste ano, à revista Sábado que o ONB recebeu 666 denúncias desde a sua criação, em 2020, das quais apenas 661 foram objeto de análise, considerando o não consentimento para análise e tratamento dos dados. Esta responsável disse ainda que 53,1% dos casos envolvem agressão física. “Não obstante, é importante ressalvar que a violência psicológica continua a ser mais prevalente, sendo reportada em 89,3% dos casos e sendo a tipologia que impacta de forma mais significativa as vítimas.