Sociedade

Agente diz que nunca impediu a fuga e o disparo foi para proteger colega

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Começou, ontem, no tribunal da Feira, o julgamento do agente da PSP suspeito de ter disparado mortalmente sobre a companheira de André "Pirata", após uma tentativa de furto, em S. João da Madeira.
O Policia afirmou perante o coletivo de juízes, que, quando se apercebeu da viatura que era conduzida pelo suspeito, e ao verificar a luz de marcha-atrás ligada, em direção ao seu colega da PSP que o acompanhava, disparou para impedir que o seu colega fosse atropelado. Disse ainda nunca ter pretendido impedir a fuga. Os dois agentes  assumiram  desconhecer que no banco do passageiro seguia a vítima mortal.
O sanjoanense André “Pirata” confirmou  em tribunal a intenção do furto e a tentativa de fuga, mas garantiu que nunca identificou que o homem armado era agente da Policia. Negou, ainda, a intenção de atropelar qualquer agente.
O agente agora julgado responde pelo crime de homicídio por negligência. Já André "Pirata" está acusado de dois crimes de furto, um dos quais na forma tentada, e um crime de resistência e coação sobre funcionário.
O caso remonta à noite de 24 de setembro de 2020, durante uma operação policial que decorria numa zona onde os moradores há muito se queixavam da onda de assaltos que aconteciam nos carros. Os agentes da PSP intercetaram André "Pirata" a tentar furtar o interior de um veículo estacionado junto a um condomínio de luxo, na Avenida do Vale, em S. João da Madeira.
Um dos quatro disparos atingiu Inês Carvalho que viria a falecer minutos depois no hospital desta cidade.

*Versão integral na edição impressa de 19 de janeiro

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