Na realidade, apenas um terço dos colaboradores das organizações, em geral, estão motivados no trabalho, estando os restantes, ativamente desligados ou não motivados.
“O poder da saúde mental na produtividade das nossas organizações”
Para começar a identificar um problema humano nas organizações onde trabalhamos, temos de responder à questão: queremos ajustar as pessoas às organizações ou ajustar estas às pessoas?
Quando tentamos ajustar as pessoas às organizações, podemos fazer uso, por exemplo, de umas “mezinhas” rápidas, por exemplo, para “reforçar o espírito de equipa” como o team building.
Este até funciona, no momento, mas no dia seguinte, quando voltamos, o pesadelo organizacional está no mesmo ponto anterior, dado que este “espírito de equipa” não é uma prática diária e tenta repor o que a normal operação da organização estraga diariamente.
Na realidade, apenas um terço dos colaboradores das organizações, em geral, estão motivados no trabalho, estando os restantes, ativamente desligados ou não motivados.
Encontrar respostas para este dilema atual das pessoas nas organizações é crítico, e passa por sabermos lidar com a dignidade das pessoas na atividade normal das organizações.
Uma das principais respostas surgiu após a 2ª guerra mundial com uma nova abordagem da segurança e saúde física no trabalho, permitindo sustentar a 3ªrevolução industrial que se seguiu, já que, com a saúde física minimamente preservada, vislumbrou-se uma luz ao fundo do túnel, mas …. continuamos, hoje em dia, ainda, com grandes dificuldades, ao nível da nossa saúde mental e emocional.
Álvaro Gouveia
Empresário e Interventor Social
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3862 de O Regional, publicada em 21 de outubro de 2021