Sociedade

À descoberta da Transição digital em Portugal

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Na indústria, nos serviços e até mesmo na agricultura a conexão ao digital é cada vez mais presente.

A transição digital é um caminho. De modo geral, podemos afirmar que todos os serviços estão a evoluir e em constante adaptação ao mundo digital. Todas as organizações, em quase todos os níveis têm hoje uma ligação profunda ao mundo digital e à sua envolvência.
Na indústria, nos serviços e até mesmo na agricultura a conexão ao digital é cada vez mais presente. Existem alguns sectores certamente mais dinâmicos e adaptados do que outros. O site do Casino Estoril online é um exemplo da integração do digital nos jogos de sorte, que, em tempos idos, apenas se jogavam nas instalações físicas dos casinos. Mas, como é que se pode acelerar a transição digital? Esta é uma questão que tem estado no centro das atenções.
Os líderes mundiais pretendem debater o assunto na cimeira global “Digital with Purpose” que se vai realizar no dia 27 de setembro, no Altice Arena, em Lisboa. O evento conta com o apoio do Turismo de Portugal e, conforme avança a entidade, ali serão discutidos vários desafios em múltiplas áreas, tais como urbanismo, educação, arte, ciência, turismo, alterações climáticas, agricultura, energia, saúde, oceanos, mobilidade, logística e distribuição, “fintech” e tecnologias de informação. E esta é uma iniciativa que pretende também “ser uma oportunidade para os líderes e organizações assumirem um compromisso no que diz respeito a planos de implementação concreto e respetivo estabelecimento de métricas de monitorização”. Destaca-se a presença dos seguintes oradores: do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, do coordenador da Transformação Digital no Programa Ambiental das Nações Unidas, David Jensen, e do economista Jeffrey Sachs. Se está interessado, saiba que os bilhetes são gratuitos e estão disponíveis até dia 16 deste mês. ​
É de salientar que, a nível nacional, para a transição digital, estão previstas reformas e investimentos significativos, sobretudo na área da digitalização de empresas. As opções no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) do Governo assentam em cinco componentes nas seguintes áreas: capacitação e inclusão digital das pessoas através da educação, formação em competências digitais e promoção da literacia digital, transformação digital do setor empresarial e digitalização do Estado. Isto é, segundo o IAPMEI, a transição digital é “uma oportunidade para melhorar os níveis de produtividade, potenciando a inovação e reduzindo os custos dos processos de negócios”. Neste sentido, o IAPMEI também tem estado a desenvolver várias iniciativas. É caso da Indústria 4.0, do Open Day i4.0, do INCoDe.2030, do Portugal Digital, da formação da academia de Pequenas e Médias Empresas (PME) e do SHIFT2Future do SHIFT to 4.0, do Sistemas de Incentivos Portugal 2020 e do Enterprise Europe Network.
Claro que apesar da transformação digital não ser novidade, é do conhecimento comum que o futuro passará por aí. Ou seja, o objetivo é que as empresas utilizem as tecnologias para solucionar os seus problemas habituais, tais como quedas no desempenho, produtividade ou eficácia. E esta será uma mudança que trará benefícios para as empresas. A transição digital é, assim, uma oportunidade para os negócios se tornarem mais competitivos.
Se demorar muito ou pouco tempo, isso depende das atitudes dos intervenientes. Para acelerar a transição digital, apenas podemos esperar que as PME’s invistam nas tecnologias certas e que transformem os dados recolhidos em ações, reavaliando continuamente a sua estratégia e adaptando-a às necessidades reais para que o caminho seja rápido. Mas também é necessário promover a mudança de comportamento dos gestores e dos colaboradores, pois este é um trabalho contínuo. O futuro está nas mãos dos líderes mundiais, mas a mudança só é alcançada se for levada a cabo por todos. É fundamental que as empresas saibam que adiar a transição digital pode ser um mau sinal. Pode ser sinal de que não estão a acompanhar os novos tempos, o que não augura um bom futuro.

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