Sociedade

“A casa nunca pode ser uma boa escola”

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À semelhança do resto do país, também em S. João da Madeira, as aulas online para os alunos do 1.º ao 12.º anos arrancaram na última semana. Segundo os diretores dos três Agrupamento de Escolas, tudo foi preparado para um regresso sem problemas.

O ensino à distância parece não ser o melhor método de aprendizagem, mas será algo com que os alunos e professores vão ter de se debater por mais algum tempo. Creches, escolas e universidades públicas ou privadas estão encerradas e esta paragem tem grande impacto nas famílias, sobretudo, quando há crianças pequenas. Oito dias depois os alunos do 1.º ao 12.º anos retomarem as atividades letivas, mas longe das escolas, para o já conhecido ensino à distância, que marcou o final do ano letivo passado, as “dores de cabeça” parecem estar novamente em cima da mesa. É uma realidade, que mesmo não sendo a mais ideal, as escolas e encarregados de educação já a conhecem na verdade.

“O ensino não presencial é muito frustrante”
Anabela Brandão, diretora do agrupamento Dr. Serafim Leite, disse a ‘O Regional’ que “estamos a trabalhar, e uma vez mais, ninguém gosta desta situação”. Assegura que esta adaptação foi mais fácil do que a vivida em março do ano passado, mas, por outro lado, “muito mais triste, porque sabemos que, embora seja necessário, o ensino não presencial é muito frustrante. Não sentimos que estamos a dar aos alunos aquilo que eles merecem - um ensino personalizado e de qualidade”.
Anabela Brandão anseia o regresso breve à escola presencialmente, principalmente com os alunos mais pequeninos. “O problema nunca esteve dentro da escola, esteve, e está, na circulação de toda a comunidade. Espero que todos os adultos tenham aprendido que efetivamente temos que cumprir todas as regras quando circulamos e socializamos”, lembra.
O Agrupamento de Escolas Dr. Serafim Leite recebeu 65 computadores do Ministério da Educação para atribuir a alunos do ensino secundário com escalão A ou B. “Considerando as necessidades que nos fizeram chegar, esta fatia representa cerca de 25% das necessidades efetivas”. Estas necessidades efetivas “são aquelas em que os alunos em casa não têm condições sequer suficientes para terem aulas em regime não presencial. Estamos a tentar resolver os problemas mais graves, mas estamos a ter dificuldades”, assegura esta responsável.

Ar­tigo dis­po­nível, em versão in­te­gral, na edição nº 3831 de O Re­gi­onal, pu­bli­cada em 18 de fe­ve­reiro de 2021.

 

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