Sociedade

10,5 milhões para novo serviço de recolha de resíduos

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A câmara vai lançar um concurso para adjudicar a recolha e transporte a destino final de resíduos urbanos e limpeza urbana que promete alterações significativas na cidade. O investimento de 10,5 milhões para executar em 7 anos.

O executivo levou à reunião de câmara a proposta para o concurso por prévia qualificação que visa a prestação de serviços de recolha e transporte a destino final de resíduos urbanos, fornecimento, manutenção e lavagem de equipamento, limpeza pública e gestão do ecocentro no município, uma vez que o atual contrato, com a SUMA, termina no próximo ano. O vice-presidente da câmara sublinhou que o procedimento é complexo e terá de passar pelo crivo da assembleia municipal e do Tribunal de Contas. “Este é um investimento que denota toda a importância dada pela câmara municipal às questões ambientais e prossecução do objetivo que prevê a neutralidade carbónica em 2030”, sublinhou José Nuno Vieira. O investimento, de 10,5 milhões, é para executar em sete anos, e vai permitir “melhorar o serviço para o utilizador, maior conforto na gestão de resíduos , maior equilíbrio e justiça”, frisou. O autarca recuou a 2019 para lembrar a introdução de recolha seletiva porta a porta, uma experiência que veio comprovar “o aumento exponencial da quantidade de resíduos seletivos recolhidos”. Esse mesmo programa deverá demorar “dois anos para abranger todo o concelho e para introduzir o conceito de poluidor pagador. O sistema tarifário é fundamental para identificar o utilizador, sem isso não há mudança de paradigma”, sublinhou.
Na limpeza urbana, está previsto um “serviço mais completo e abrangente”, com cobertura integral de todos os arruamentos e a introdução de novidades, como o “reforço da compostagem individual ou comunitária”. “Com menos material para aterro, menor é o custo. É algo que vai ser criado em breve através de um programa de financiamento, no âmbito das comunidades desfavorecidas”, acrescentou o edil. A proposta contempla ainda a aquisição de um Ecocentro Móvel ou a recolha de resíduos perigosos de pequenas quantidades, como pilhas ou tintas. Será também introduzida uma nova fileira de recolha de óleos usados, aproveitando os recursos já existentes no sistema porta a porta, e haverá investimento em contentores subterrâneos. O vice-presidente da câmara denotou a importância deste investimento para a “evolução da cidade no respeito pelo meio ambiente e no alcance da sustentabilidade”, frisando que S. João da Madeira é uma referência, num país “que acordou um pouco tarde para esta matéria”, e que continua a dar passos significativos.
Dada a “complexidade” do procedimento, a Coligação ‘Melhor Cidade do País’ pediu o adiamento do ponto para ter “mais tempo para fazer a análise”. José Nuno Vieira concordou e sugeriu uma reunião extraordinária para debater o tema, “antes da próxima reunião de câmara para não se perder mais tempo”.


Escolas separam cada vez mais resíduos

No ano letivo 2022/2023, as escolas do concelho procederam à recolha de 104,79 toneladas de resíduos recicláveis - um aumento de 4,4% em relação ao ano transato-, no âmbito do projeto escolar 100% Resíduos. Desde 2018 que este programa ajustou o foco para o mote “quem mais separa, mais ganha”, permitindo que todos os participantes ganhem na medida do seu esforço, isto é, sejam compensados de forma proporcional à recolha que efetuam. Contabilizados os resíduos recolhidos no ano letivo 2022/2023, correspondem a um valor total de 12.155,31 euros, que será agora distribuído pelas escolas, consoante a recolha efetuada. O vice-presidente da câmara salientou o “mérito” do projeto, que promove a separação de resíduos e melhora o desempenho ambiental da cidade. As verbas transferidas para cada escola serão utilizadas em programas de cariz ambiental.

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