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Histórica fábrica de papel Engenho Novo inspira espetáculo multidisciplinar do CiRAC

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“Engenho Novo: do AUGE ao declínio” é o espetáculo multidisciplinar do CiRAC, que estreia dia 5 de março, às 22h00, no Cineteatro António Lamoso, em Santa Maria da Feira, numa junção de de teatro, percussão, música, vídeo, artes circenses e dança

A nova produção do CiRAC é uma viagem sensorial intensa e marcante, que atravessa 225 anos de história da revolucionária fábrica de papel de Paços de Brandão, nascida em finais do século XVIII, que depressa conquistou o auge, mas não escapou ao declínio quando deixou de acompanhar a evolução dos tempos. Em 1958, um violento incêndio acabaria por ditar o fim anunciado da outrora próspera fábrica do Engenho Novo.
Concebido, produzido e encenado pelo CiRAC, o espetáculo envolve a participação de cerca de 90 artistas de diferentes gerações, integrados nas diferentes disciplinas artísticas, onde a percussão assume um papel central em toda a produção.
Do CiRAC sobem ao palco membros do grupo Saltimbancos de Santa Maria (percussão e malabarismo), grupo de teatro, grupo coral e escola de pintura. Participam ainda elementos da Academia de Música de Paços de Brandão (Grupo PercuPaços), alunas da Escola de Teatro Musical Vivonschool e alunos do Curso de Animação Sociocultural do Agrupamento de Escolas Coelho e Castro de Fiães. Esta produção conta com a parceria do Museu do Papel Terras de Santa Maria (cenografia e conteúdos históricos), empresa municipal Feira Viva (cedência de material) e Federação das Coletividades de Cultura e Recreio do Concelho (guarda-roupa).
“Engenho Novo: do AUGE ao declínio” é um espetáculo de memórias, que apela aos sentidos e privilegia os sons da fábrica, a música, as performances e as imagens, transportando o público para uma indústria fortemente impulsionada pela água e marcada pela dureza do ambiente fabril onde dezenas de mulheres carregavam à cabeça pesados fardos de papel encharcado, enquanto entoavam cantigas de outros tempos para espantar uma exaustão manifesta.

Este é também um espetáculo para despertar consciências, recorrendo a uma abordagem artística contemporânea, que seguramente vai reavivar memórias que deixaram marcas profundas numa comunidade, ainda hoje, profundamente ligada à indústria do papel.
Os bilhetes para este espetáculo encontram-se disponíveis em .
O uso de máscara é obrigatório.

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