“Filarmonia da Humanidade” enche Europarque com estreia absoluta que une música e artes circenses
O grande auditório do Europarque, em Santa Maria da Feira, será palco este sábado, 25 de janeiro, às 21h30, da estreia absoluta de “Filarmonia da Humanidade – O Corpo em busca de Luz”. O espetáculo, que rapidamente esgotou a lotação da sala, reúne cerca de 280 artistas numa fusão inédita entre música filarmónica, artes circenses e acrobacias.
Esta criação original encerra a programação cultural da Festa das Fogaceiras e marca um novo capítulo no projeto Filarmonia, criado em 2016 para unir as quatro bandas filarmónicas do concelho. A obra celebra o Progresso enquanto símbolo de esperança e resiliência humana, estabelecendo um diálogo entre tradição e inovação artística.
Uma viagem de descoberta e superação
Com música original composta por Nuno Peixoto de Pinho, a obra original “Luz” serve de fio condutor ao espetáculo, desdobrando-se em quatro andamentos: Harmonia, Fogo, Roda e Ponte.
O espetáculo será protagonizado pela Banda de Música de Arrifana, Banda Marcial do Vale, Banda Musical de S. Tiago de Lobão, Banda Musical de Souto, que interpretarão a peça, enquanto números circenses dramatizados pelo Instituto Nacional das Artes do Circo (INAC) e pelo Clube A4 complementam a narrativa.
A diretora artística, Patrícia Pires, garante que o público será surpreendido pela “subtileza e beleza estética” do espetáculo. “Todos os momentos foram pensados como se fossem fotografias para registarmos nas nossas memórias”. Explica ainda que o seu maior desafio foi “a conceção da história, de forma a dar mote para a composição musical, e o entrelaçar com as artes circenses”.
Para Nuno Peixoto de Pinho o autor da obra original “Luz”, escrita ao longo de sete meses, “representa a evolução da humanidade, revisitando e transformando sonoridades que marcaram a história da música”. O compositor assegura que o público pode esperar “um momento verdadeiramente único”. “Mais de 200 músicos vão sonorizar uma viagem repleta de movimentos, com acrobatas que desfilam em perfeita harmonia com a música, numa experiência inesquecível que ficará na memória de todos”, sublinha.
União e cooperação como marca do projeto
Mais do que um evento cultural, Filarmonia da Humanidade reflete o espírito de colaboração que norteia o projeto Filarmonia.
“Este é um bom exemplo de como entidades que, com coragem, atuam no mesmo setor há dez anos puseram de parte a competição individualista e escolheram a união e a cooperação”, destaca o vereador da Cultura, Gil Ferreira, sublinhando a coragem das entidades envolvidas em trabalharem juntas.
O espetáculo dá início a um ano em que o Progresso será o tema central da programação cultural de Santa Maria da Feira, sucedendo à Liberdade, mote de 2024. Além disso, reforça a vocação do concelho para produções culturais de grande impacto, consolidando o Europarque como um espaço de referência para a arte e a cultura.