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Arrifana: Invasões Francesas terminam hoje com Memorial aos Mártires

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As comemorações em Arrifana, que terminam hoje, celebram a coragem e resiliência do povo local durante o Massacre de 17 de abril de 1809. A programação encerra com a inauguração do Memorial aos Mártires das Invasões Francesas.

As celebrações iniciaram-se na última semana e terminam hoje, homenageando a resiliência de um povo que, com coragem e determinação, enfrentou o massacre de 17 de abril de 1809. Ao longo de uma semana, Arrifana evocou um dos momentos mais significativos da história da freguesia e do concelho de Santa Maria da Feira: o Massacre de 17 de abril de 1809. A programação teve como objetivo prestar tributo à bravura de uma população que lutou com coragem e determinação para proteger o seu território.
Até ao último domingo, as praças General Humberto Delgado e da Guerra Peninsular transformaram-se em cenários vivos de recriação histórica, com encenações, música, dança e ambientes que transportam os visitantes para o espírito da época napoleónica.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Arrifana, a edição deste ano foi pensada para abranger públicos diversos, através de várias abordagens ao longo de três dias.
Ricardo Oliveira assegura que a população de Arrifana não fica indiferente e já vê nesta iniciativa uma forma de “homenagem aos nossos antepassados”, ao mesmo tempo que tenta tirar lições para o futuro. “As retaliações não nos levam a lado nenhum. Só desgaste e perdas irreparáveis, tal como aconteceu em Arrifana. Quisemos passar uma mensagem positiva, de que a paz, em conjunto com a verdade, se superioriza a qualquer tentativa de autoritarismo e força.” O autarca acrescenta que Arrifana, após o sofrimento, “conseguiu ultrapassar as dificuldades do dia a dia, tendo prosperado ao longo do tempo, ergueu-se das cinzas e prosperou, graças à resiliência da sua população”.
Conta que, na sexta-feira, realizaram-se sessões dedicadas aos alunos dos Jardins de Infância, EB1 e EB 2,3 da freguesia. À noite de sexta e sábado, o espectáculo “Invasões Francesas – A História de um Povo” trouxe ao palco a memória e a resistência do povo, dirigido a um público mais alargado. O encerramento teve lugar no domingo, com um concerto da Banda de Música de Arrifana, comentado por Telma Domingues. Três momentos distintos, unidos pela mesma emoção e sentimento de pertença à história local.
O grande espectáculo de sexta-feira e sábado à noite envolveu cerca de meia centena de pessoas, entre actores profissionais e voluntários nativos de Arrifana (em maioria). Para além disso, houve animação assegurada por grupos contratados pelo promotor do evento.

Invasões Francesas “um momento cultural muito importante”

Por seu turno, Amadeu Albergaria, presidente da Câmara Municipal refere que as comemorações das Invasões Francesas em Arrifana são “um momento cultural muito importante da freguesia de Arrifana. Um momento onde os arrifanenses homenageiam seus mártires, que morreram na defesa de sua terra. É uma ocasião onde toda a comunidade se une e onde, além de homenagear, celebram o dinamismo e o progresso da atual geração de arrifanenses, muitos dos quais, herdeiros dos que perderam suas vidas para defender Arrifana, em Portugal.”
A edição deste ano destacou-se pelas atividades para todas as idades, como espetáculos infantis, danças e melodias da época, concertos, demonstrações da Patrulha Militar e da Patrulha Equestre Napoleónica, Tambores Populares e a recriação histórica “O Massacre – A História de um Povo”.
Na noite de sábado, “O Massacre – A História de um Povo” subiu ao palco da Guerra Peninsular, numa sentida homenagem à bravura das gentes de Arrifana, 216 anos após as invasões francesas.
A destacar, ainda, espetáculos como “O Franciu” e “Cavaleiros Francos”, além de vários espaços de animação contínua, como o Acampamento do Marechal Soult, o Acampamento Equestre Napoleónico, o Carrossel de Época, os Jogos do Morgado, a zona de artesanato e vendedores, e a praça de alimentação.
O ponto alto das comemorações acontece hoje, quinta-feira, data que marcou profundamente a identidade da freguesia e do concelho, com a inauguração do Memorial aos Mártires das Invasões Francesas, recentemente requalificado, seguida da tradicional Romagem ao Monumento Militar da Guerra Peninsular.

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