Política

Rodolfo Andrade toma posse como Presidente da Junta

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Estão instalados os novos órgãos autárquicos de freguesia. Rodolfo Andrade tomou posse como Presidente da Junta e Rita Pereira como Presidente da Assembleia de Freguesia, numa cerimónia que decorreu na terça-feira à noite, nos Paços da Cultura

Consciente de que “a freguesia de S. João da Madeira é muitas vezes ferida”, mas acreditando que na proximidade que “as populações têm uma relação mais estreita com o Estado”, o novo Presidente da Junta considera que tal só “redobra a responsabilidade”.
“Contribuir para uma cidade melhor” é um desafio coletivo que Rodolfo Andrade acredita ser possível com uma “Assembleia de Freguesia pluripartidária”, vincado, conforme já tinha dito publicamente, que umas das primeiras medidas será reunir-se com os partidos que integram aquele órgão para “pensar” no orçamento da freguesia.
O autarca sublinha que a freguesia vai ter um papel ainda mais importante na próxima década, no pós pandemia e “no apoio ao município, que vai assumir competências descentralizadas da administração central do Estado”.
Sem mencionar o nome de Helena Couto — que se desfiliou do Partido Socialista por desentendimentos com a Câmara no quadro da transferências de competências e não se recandidatou ao cargo de Presidente da Junta — Rodolfo Andrade disse ainda que não vai “usar a freguesia como arma de arremesso ou como instrumento de conflitualidade”, mas sim numa “congregação de esforços”, desenvolvendo “políticas de proximidade, em estreita colaboração com a Câmara e as coletividades da cidade, agrupamentos escolares e forças de segurança”.
O novo executivo da Junta de Freguesia é composto ainda por Paulo Correia da Silva (que desempenhou funções como Presidente da Assembleia de Freguesia no mandato anterior), Joana Correia, Artur Nunes e Anabela Costa, tendo os quatro nomes sido aprovados por unanimidade.
A Mesa da Assembleia de Freguesia foi igualmente aprovada por unanimidade, sendo composta por Ana Rita Pereira (Presidente) e Danilo Fernandes e Graça Melo (secretários). Tomaram também posse para a Assembleia de Freguesia Afonso Alves, Marisa Brandão, Fátima Silva (substituindo Beatriz Neves dos Santos que se encontra em erasmus) e Bruno Almeida, eleitos pelo PS.
Já da coligação A Melhor Cidade do País, tomaram posse Pedro Neves, José Miguel Dias, Bárbara Pessoa, Ricardo Queirós, António Pereira e Fátima Oliveira.
Coube a Ricardo Queirós a justificação do voto da coligação, aprovando as propostas para o executivo e mesa de Assembleia. “Não fazia sentido contrariar a vontade dos sanjoanenses”, disse, considerando que isso também dá “outra legitimidade” à sua bancada para “exigir mais” do executivo. Queirós declarou que será uma oposição de apoio no que concordar e “firme naquilo em que não concordar”.
Cumpridos os devidos procedimentos, decorreu a primeira Assembleia de Freguesia do mandato, na qual Pedro Neves considerou que “o protocolo foi saltado” e o Presidente da Câmara e a Presidente da Assembleia Municipal, segundo referiu, abandonaram a sessão “quando ainda não havia Presidente da Junta de Freguesia eleito”.
Jorge Sequeira e Clara Reis saíram, num intervalo onde houve música ao vivo, quando Rodolfo Andrade já tinha tomado posse, mas a Assembleia de Freguesia ainda não estava constituída na íntegra.
“Não há maior nobreza do que fazer parte de uma Assembleia de Freguesia”, vincou Neves, que encabeçou a lista da coligação. O autarca — num regresso àquele órgão que já chegou a presidir — enalteceu o trabalho de Helena Couto, em cuja ação “o interesse local e da freguesia sempre se sobrepôs” e desejou que Rodolfo Andrade e a sua equipa cumpram “um extraordinário mandato”.
A coligação, concluiu, vai fazer o que os sanjoanenses quiseram que fizesse: fiscalizar e dar contributos, “com a mesma exigência”.
Afonso Alves também realçou o papel da Assembleia de Freguesia, considerando-a um “lugar elevado”. A “constante busca pelo melhor” deve assentar, considerou, em “respeito mútuo” e “debate construtivo”.
Respondendo a Neves, Andrade indicou que “não houve quebra de protocolo” e que a música serviu para “melhorar” e “dignificar” o funcionamento do órgão — apesar de Neves não se ter referido, em nenhum momento, à questão da música. “Ao tomar posse, tomo posse como Presidente da Junta”, referiu.
“Queremos que os eleitores sanjoanenses que votaram na coligação sintam que o executivo também os ouve”, declarou o novo Presidente, mostrando-se disponível para colaborar com todas as bancadas.

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