Recolha do lixo volta a gerar clivagem

O assunto começou por ser abordado pela munícipe Ana Couto, que deixou críticas ao atual serviço de recolha de lixo e algumas fotografias ao executivo e oposição de contentores cheios na cidade na última reunião de Câmara, a 8 de julho.
Depois, vieram também críticas da Coligação PSD/CDS, que tem abordado o tema com frequência.
O vereador Tiago Correia lembrou uma situação denunciada na última sessão, na rua António Sérgio, para afirmar que agora foi um contentor na Avenida Engenheiro Arantes e Oliveira que esteve quatro dias sem recolha. Para o vereador, as situações comprovam que “o serviço piorou”, descrevendo uma cidade com “contentores completamente cheios”, sobretudo de “sábado para segunda-feira”. “Não é um bom cartão de visita para a cidade”, advertiu Tiago Correia, afirmando não entender como é que o executivo defende que o serviço melhorou. “Não melhorou, até reduziram os dias da recolha, ainda puseram os sanjoanenses a pagar mais, pagam mais e têm um serviço pior”, atirou. Apesar de reconhecer que em algumas zonas o serviço viu melhorias, o vereador afirmou que tal não se verifica no centro da cidade, afirmando ter imagens que o comprovam e que “há muitas pessoas a queixar-se disso”.
A questão tem vindo a ser debatida com frequência, com o executivo a argumentar que a cidade tem vindo a separar mais e a valorizar mais os seus resíduos e a destacar a implementação da recolha porta a porta em mais de três mil casas sanjoanenses.
No que diz respeito à diminuição da recolha de sete para seis dias por semana, Jorge Sequeira já tinha defendido tratar-se de uma “boa prática ambiental” e que permite reduzir a própria pegada ecológica da recolha, indicando que as estatísticas apontavam que aos domingos, as quantidades depositadas eram “insignificantes”.
Na reunião de câmara, o vice-presidente, José Nuno Vieira, vincou que o aumento do custo do serviço referido pela oposição não é responsabilidade do município, lembrando que foram os aumentos da Taxa de Gestão de Resíduos e do custo da deposição de resíduos em aterro que conduziram à “inevitável” subida. Tiago Correia aproveitou para deixar outra nota sobre a limpeza urbana.
Após o jogo entre Portugal e Eslovénia, a praça Luís Ribeiro ficou “até às sete da tarde do dia seguinte completamente cheia de lixo porque não foi acautelado o reforço da limpeza”. E reforçou: “o serviço está pior e as pessoas pagam mais”.

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