Política

Reabilitação da Vieira Araújo vai dar lugar a complexo habitacional

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A proposta para abertura do concurso público da reabilitação e ampliação do edifício devoluto da antiga fábrica de chapéus Vieira Araújo foi aprovada por unanimidade em reunião de Câmara. O procedimento está enquadrado no Programa 1.º Direito.

O preço base, no valor de cerca de dois milhões de euros acrescido de IVA, foi determinado tendo em consideração os valores apresentados pelo gabinete de arquitetura. “É uma peça importante para requalificar aquela zona da cidade, em que o hotel do grupo Meliá está em construção. Este projeto foi objeto de revisão; 18 fogos, mas queríamos 26 no contrato de financiamento”, afirmou o autarca, Jorge Vultos Sequeira. “Esse pedido de alteração deverá ser fácil, servindo mais famílias”, considerou. O prazo de execução da obra é de 365 dias. “Esperemos que haja êxito para levar a bom porto esta empreitada”, acrescentou.
Este projeto tem como objetivo a remodelação da histórica Fábrica de Lápis Viarco, visando transformar o edifício industrial, atualmente devoluto, num complexo habitacional. Inicialmente uma chapelaria em 1931, o edifício foi adquirido pelo proprietário da Fábrica Portuguesa de Lápis em 1941, tornando-se a atual Viarco. Dada a condição devoluta do edifício, o projeto visa “revitalizá-lo”, preservando a sua “memória histórica e características arquitetónicas industriais”, adaptando-o para um bloco habitacional multifamiliar, com quatro pisos, totalizando 26 frações de apartamentos.
Segundo a memória descritiva e justificativa, o terreno “será reconfigurado para criar um logradouro destinado ao estacionamento”, substituindo a área anteriormente ocupada pela fábrica. No que diz respeito aos acessos, dois acessos pedonais “serão providenciados pela rua Guerra Junqueiro” e “um acesso automóvel às garagens”. Parte da fachada existente “será preservada” e outra parte “será replicada” para manter o enquadramento histórico do edifício.

Coligação enfatiza atraso na empreitada do Parque Urbano na Devesa Velha

Outras obras também foram discutidas antes da ordem do dia, nomeadamente a do Parque Urbano na Devesa Velha. A empreitada, no valor de 280 mil euros e com duração prevista de cerca de um ano, não está a correr como previsto. “A obra tem um ano de atraso e parece-me que tão cedo não vai estar concluída. Nós avisamos o que ia acontecer e isto tem um prejuízo grave, sobretudo nas questões de contratação pública”, declarou o vereador Tiago Correia. “Secalhar, outros concorrentes não se candidataram [na altura] porque sabiam que não iam concluir a empreitada naquele prazo”, observou, aproveitando a ocasião para abordar a construção das 11 moradias na Devesa Velha: “Quanto à questão da legalidade do projeto, as varandas podem ir até três metros desde que tenham um metro de distância do passeio, mas acho, a olho nu, que não tem um metro. Aprovamos o projeto, mas colocar em causa o mérito por uma questão regulamentar prejudica o trabalho feito.”

Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa n.º 4009, de 7 de novembro de 2024 ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/
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