Política

Projeto de prevenção cardiovascular chega a mais empresas

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Permite a sinalização precoce de problemas cardíacos em trabalhadores de cinco empresas sanjoanenses e em breve vai chegar a mais três. O projeto PRIMUS passou a ter mais duas entidades envolvidas e vai permitir recolher dados de mil trabalhadores.

O projeto PRIMUS, uma parceria estabelecida em 2021 entre o município sanjoanense e a Unidade Local de Saúde de Entre Douro e Vouga (ULS EDV), vai expandir-se e prevê-se que abranja em breve oito empresas do concelho. O projeto, recorde-se, assenta em duas dimensões no domínio da saúde. Por um lado, mede o impacto da atividade física em crianças do 1º ciclo no concelho (PRIMUS GREAT), e por outro operacionaliza a referenciação facilitada de doentes de muito alto risco cardiovascular a partir das consultas de Medicina do Trabalho de unidades fabris do concelho (PRIMUS CARDIOGAP).
É precisamente esta vertente que irá agora expandir-se, explicou o presidente da autarquia na última reunião camarária, onde foi aprovado por unanimidade um acordo de colaboração com duas novas entidades. O município candidatou o PRIMUS CARDIOGAP a financiamento enquanto atividade do Projeto (SÃO)joanense ao Plano de Ação para as Comunidades Desfavorecidas da Área Metropolitana do Porto, no quadro do PRR, tendo em outubro de 2023 contratado serviços da ULS EDV para a implementação e alargamento do projeto a outras empresas, uma ação que está em curso até 31 de dezembro de 2025.
Nesta fase, e perante a oportunidade de alargar o estudo científico a trabalhadores de oito empresas, surge a possibilidade de realizar uma investigação quadripartida, juntando-se mais dois parceiros: a empresa Magalhães & Taveira-Gomes Sociedade Médica SA e a NOVARTIS Farma – Produtos Farmacêuticos, SA.
Jorge Sequeira não tem dúvidas da relevância do PRIMUS, um projeto que tem permitido a “sinalização precoce de eventuais problemas cardíacos em trabalhadores” das empresas abrangidas, através da partilha dos dados das consultas da medicina do trabalho. “Muitas das vezes não lhe era dada sequência e o que está aqui em causa é criar um mecanismo de articulação que abre uma linha verde junto do departamento de Cardiologia para esses trabalhadores”, continuou o edil. Jorge Sequeira fez questão de realçar também que os dados do projeto vão ser utilizados em estudos científicos, algo que já tem vindo a acontecer, designadamente numa tese de mestrado.
Do lado da Coligação A Melhor Cidade do País, a vereadora Dulce Santos concordou com o presidente da Câmara quanto à pertinência do projeto, considerando a parceria e projetos deste tipo “uma mais-valia para a comunidade”.

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