Política

Oposição critica estado das ruas: “deixaram levar isto a um extremo”

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O passeio está todo levantado ao pé da escola de Carquejido, caiu lá uma menina”, abriu assim a reunião ordinária da Câmara Municipal da passada segunda-feira, dia 30, com a declaração de uma munícipe, que se referia ao mau estado das ruas da cidade

Em resposta à munícipe, o Presidente da Câmara, Jorge Vultos Sequeira, referiu que já havia dado indicações noutra altura para “reparar o problema” e que vai “verificar o que se passa”, admitindo que “o mau tempo anormal danificou os pavimentos” e que existem estradas “com muitos buracos”.
Já no Período Antes da Ordem do Dia, o vereador Tiago Correia (coligação ‘A Melhor Cidade do País’ - PSD/CDS/IL) afirmou terem aprovado na sessão anterior um empréstimo onde está “conceitualizado esta questão dos arruamentos”. No entanto, o social democrata questionou o executivo no que se refere ao prazo para o “início das empreitadas”. “A cidade está num estado como nunca esteve, deixaram levar isto a um estado extremo”, disse, enumerando diversas ruas da cidade em mau estado, tais como a Avenida do Brasil, Rua José Domingues de Oliveira, Rua Mestre de Avis, Rua das Pedreiras, Avenida de Casaldelo.
Jorge Vultos Sequeira especificou, em resposta, que a Avenida do Brasil foi um local onde no último mandato já foram substituídas “todas as condutas de água dos dois lados da via” e feita a substituição dos ramais que ligam essas condutas “às moradias e aos prédios”. Tal como salientou o Presidente de Câmara, esta empreitada traduziu-se em “uma intervenção de fundo” que era “fundamental e prioritária”, pois é uma zona da cidade que contava com “perdas de água consideráveis”.
Ainda relativamente à Avenida do Brasil, o edil também adiantou que o trabalho de pavimentação adjudicado pela empresa municipal Águas de S. João foi “muito mal feito” tendo sido alvo de “uma correção total ou parcial”, motivo pelo qual necessitaram de acionar a garantia. Após aludir a estes percalços, o autarca clarificou que “está em curso e em fase muito avançada a definição de um projeto de reabilitação integral dessa avenida”, uma vez que se trata de uma via “principal e nobre”, não podendo sofrer “remendos”.
“O trabalho está em preparação, há que cumprir aqui alguns procedimentos legais de garantia, mas o que temos decidido é nas zonas mais críticas fazer uma intervenção que coloque os pontos mais degradados em condições”, clarifica. O socialista assegura que esta avenida necessita de uma “intervenção estrutural”, que a requalifique a nível de passeios que se encontram desnivelados, e ambientalmente (“pois não tem uma árvore”). Neste seguimento encomendaram “um projeto de arquitetura e engenharia”, de modo a requalificar completamente aquele local.
Ainda sobre esta avenida, Jorge Sequeira garantiu que o trabalho “mal feito vai ser sancionado”, estando o município a cumprir os procedimentos legais. Acrescentou que outros pontos da cidade, tal como este, vão ser alvo de trabalhos de repavimentação, assegurando que muitas estradas sanjoanenses também “vão ser intervencionadas”.
O tema foi também motivo de explicação pela parte do vice-presidente José Nuno Vieira que começou por informar que “no início da semana passada” teve início uma empreitada, que é a “construção de um novo arruamento em Casaldelo, na Quinta da Senhora da Luz e outra na Travessa da Rua Gil Eanes”. Este é um investimento municipal de 196 774,23 euros + IVA, que inclui também o prolongamento das redes de infraestruturas existentes no subsolo, assim como a aplicação de novos postes de iluminação com armaduras de LEDS. Admitiu também que “o mau estado” das pavimentações é um facto devido ao “inverno rigoroso” que se fez sentir, garantindo que a Câmara Municipal tem lançado “todos os anos programas de pavimentação”. “Estamos a ultimar uma intervenção, todavia como o sr. vereador (Tiago Correia) disse houve alteração ao empréstimo para podermos intervir nesse sentido”, referiu, assegurando que o documento ainda vai à Assembleia Municipal desta quinta-feira, e só depois poderá ser lançado o concurso público para efetuarem “as devidas reparações”.
José Nuno Vieira elucidou ainda que todas as empreitadas que foram lançadas “que estejam dentro do período de garantia” vão ser acompanhadas pela fiscalização.

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