Jorge Cortez é o candidato pela CDU à Câmara Municipal de S. João da Madeira.
Novamente cabeça de lista à Câmara Municipal - em 2017, liderou a lista à Assembleia - Jorge Cortez aponta a queda da atual maioria absoluta como um dos objetivos da CDU. O candidato diz que não há diferenças do atual executivo face ao PSD e lamenta o baixo investimento realizado. Com olhos postos no aumento da habitação disponível, o candidato defende também o desenvolvimento da Sanjotec e a delegação de competências na Junta, para a área social.
Como avalia o mandato autárquico de 2017-2021?
O mandato autárquico, que agora termina em S. João da Madeira, não foi tão mau quanto o PSD afirma nem tão bom quanto o PS proclama. É um mandato de continuidade com o mandato anterior. Dá andamento a alguns projetos que vinham de trás, fez algumas melhorias, menos do que o que era possível e necessário, na habitação social. Não mobilizou, como seria de esperar, áreas como a Sanjotec. O investimento foi baixo. Nos grandes problemas, que no mandato anterior opunham o PS ao PSD, não se verificou uma única rutura a assinalar.
Que razões e objetivos principais fundamentam a sua candidatura?
A “minha candidatura” não é só minha. É a candidatura dos ativistas da CDU e de homens e mulheres, de diversas faixas etárias, que se revêm num projeto diferenciador, de trabalho, honestidade e competência, que aponta prioridades influenciadoras de potenciar melhorar a qualidade de vida, de modo sustentado, e luta pela promoção do progresso económico, social e cultural da nossa terra.
São as prioridades, que consequentemente temos defendido, e a nossa postura nos diversos temas que mais motivam e fundamentam a CDU. Voltar a ter representação na Câmara e desfazer a atual maioria absoluta, impeditiva de um debate mais aprofundado dos assuntos da cidade, são objetivos da nossa candidatura.
A revisão do PDM está em curso, há uma requalificação do centro da cidade em fase de conclusão e uma intervenção programada para as Corgas. Como se posiciona em relação a estas medidas e que estratégia propõe para o ordenamento do território?
Os planos municipais referidos têm importância, temos participado na sua discussão na sociedade e na Assembleia Municipal e achamos, apesar de não contemplarem muitas das ideias que defendemos, que são os instrumentos que regulamentam o urbanismo da cidade. O Plano Diretor Municipal não é suscetível de sofrer alterações relevantes e o Plano de Pormenor das Corgas teve o seu tempo de discussão, há 10 anos. Levantamos as nossas reservas, mas a maioria aprovou-o tal como está. Não está em cima da mesa a discussão da sua alteração.
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 385323 de O Regional, publicada em 22 de julho de 2021.