Política

Mercado Municipal “está decadente”

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Oposição considera que falta dinamismo ao Mercado Municipal, que o mesmo “está decadente” e reitera que as obras “não estão concluídas”. Executivo responde que o “essencial” da empreitada já foi acautelado.

Tem sido um braço de ferro entre o executivo e a oposição. A Coligação A Melhor Cidade do País tem questionado se a obra no Mercado Municipal está terminada e Tiago Correia voltou à carga na última reunião camarária. O vereador deu nota que a 27 de janeiro visitou o equipamento, em campanha eleitoral para as legislativas, argumentando que, pelo que viu, “as obras não estão concluídas”. Tiago Correia descreveu o cenário. O piso intermédio está “encerrado”, não sendo possível circular “na passagem aérea que está cortada”, há fios e cabelagens “fora do sítio”, as tendas do último piso têm “uma enorme quantidade de pó”, o elevador “não funciona” e a escadaria poente “não tem iluminação”, enumerou. O social democrata sinalizou que, na visita, não encontraram extintores e que a última fiscalização do sistema de incêndio “é de 2019”. O vereador lamentou que a porta dos galináceos não seja automática, mas sim de vidro, o que causa perturbações. “Muitos dos operadores reclamam que aquela porta está sempre aberta e isso faz com que o cheiro passe na mesma para o restante do mercado. O sistema de extração que lá foi colocado não funciona. Aliás, dizem que nunca funcionou”, criticou. O problema na caleira para a qual tem alertado, que é afinal “um capitel de águas pluviais”, continua por resolver. “Uma pessoa vem aqui, traz os assuntos e depois também não há sequência, por mais que nós tentemos ajudar, às vezes não é possível”, desabafou. Tiago Correia afirmou que as falhas que reportou são visíveis para quem visita o mercado e que configuram “queixas dos operadores”, “que gostariam de se queixar a alguém do executivo, mas não conseguem, porque as pessoas só vão lá à segunda-feira, quando o mercado está fechado”. “Foi isto que nos transmitiram”, reiterou.

Mercado “está pior em termos de dinâmica e de condições”

João Almeida juntou-se às críticas. O vereador da Coligação PSD/CDS começou por dizer que a oposição tem sido “construtiva”, mas que há situações que, pelo “arrastar” e pelo “caricato que chegam a atingir, têm naturalmente de ser vistas não como factos isolados, mas como um padrão”. E apontou a mira ao Mercado, uma obra que na sua ótica não tem gerado a dinâmica que era prevista, estabelecendo um paralelismo com reabilitações de outros mercados. “As reinaugurações de mercados, a devolução dos mercados às cidades, às vilas, foi sempre um momento de dinâmica dessas localidades. O centro que os mercados passaram a ser depois dessas intervenções foi sempre um centro muito mais ativo e participado do que aquilo que existia anteriormente. Em S. João da Madeira verificamos exatamente o contrário”, lamentou o vereador, que concluiu que o mercado, na sua opinião, “está decadente”. “Neste momento, [o Mercado] não só não voltou a ser o que já tinha sido, como está pior do que estava em termos de dinâmica e de condições”, acrescentou.

Poderá ter acesso à versão integral deste artigo na edição impressa n.º 3975, de 15 de fevereiro de 2024 ou no formato digital, subscrevendo a assinatura em https://oregional.pt/assinaturas/
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