Luís Montenegro defende um tecido empresarial mais competitivo, mais robusto e com mais escala
Montenegro fez campanha, na passada sexta-feira, em S. João da Madeira, terra de forte implementação industrial, quer que as empresas do concelho sejam espelho desse novo ciclo de desenvolvimento
Jornal O Regional - Que projetos tem para o distrito de Aveiro, apesar de ser cabeça de lista por Lisboa, e que melhorias poderá proporcionar a S. João da Madeira, sendo este o concelho mais pequeno do país?
Luís Montenegro - Enquanto candidato a primeiro-ministro de Portugal, o programa que propomos é, antes de tudo, um programa de mudança para o País. Temos um grande projeto de transformação para o País que, acreditamos, vai ter impactos diretos e positivos em todo o território nacional e em todas as áreas e setores da sociedade portuguesa. Temos soluções para o caos generalizado que se vive na saúde, na educação, na habitação. Temos respostas para dar perspetivas de futuro aos nossos jovens, para que eles não tenham de emigrar e possam desenvolver aqui um projeto de vida feliz. Temos respostas para melhorar a vida dos nossos idosos, para que vivam com dignidade e qualidade, sem terem de escolher entre comprar comida ou medicamentos. Temos respostas para a nossa classe média, para a libertar da mais elevada carga fiscal e aumentar os seus rendimentos. Sabemos como pôr a economia portuguesa a crescer e a convergir efetivamente com os seus parceiros da União Europeia, apoiando e capacitando as nossas empresas…. Naturalmente, o distrito de Aveiro e o concelho de S. João da Madeira, em particular, têm necessidades e expetativas específicas, nomeadamente ao nível da mobilidade e das acessibilidades ou da dinamização do tecido empresarial e industrial. As políticas públicas que vamos implementar vão, seguramente, marcar um novo ciclo de desenvolvimento e de qualidade de vida também para este concelho e este distrito.
O setor do calçado tem perdido empresas de renome, nos últimos anos, uma indústria com forte representação em S. João da Madeira. Tem alguma proposta concreta para salvaguardar e fortalecer a indústria do calçado?
Os governos socialistas dos últimos oito anos não foram amigos das empresas, e o cenário que descreve na indústria do calçado em S. João da Madeira é uma das consequências dessa postura muito ideológica que penaliza quem cria empregos e riqueza para o País. Nós não temos dúvidas que a revitalização industrial é fundamental para ancorarmos um crescimento económico mais rápido e consistente, e para isso o programa económico da Aliança Democrática propõe medidas muito concretas que eliminam os obstáculos à produtividade e promovem a competitividade do nosso tecido empresarial. Isso passa, entre outras coisas, por apoiar a internacionalização da nossa indústria, designadamente naquelas fileiras onde temos evidentes vantagens competitivas, como seja o know-how altamente especializado que o nosso País detém no setor do calçado. Mas também passa pela desburocratização, pela simplificação ao nível dos licenciamentos, por acelerar a justiça económica, por promover a transição energética das nossas empresas ou a formação e a qualificação profissional... Para mim, é evidente que o País só tem a ganhar com uma indústria robusta e competitiva, se possível com mais escala, para poder atuar de igual para igual no mercado global. Infelizmente, o PS não tem esse entendimento, tem olhado para as empresas quase como inimigas.
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