O bloquista Luís Fazenda criticou a privatização da gestão do Hospital de S. João da Madeira, afirmando que não há motivos clínicos ou de gestão para a mudança. Defendeu que a população será prejudicada.
O candidato do Bloco de Esquerda (BE) pelo distrito de Aveiro, Luís Fazenda, acredita que “não há nenhuma razão estratégica para a privatização da gestão do Hospital de S. João da Madeira, entregando-o à Misericórdia” e acusa o PSD e o CDS de “degradarem os serviços públicos”.
As declarações foram feitas aos jornalistas na última sexta-feira, dia 28, ao início da tarde, depois de uma reunião entre a candidatura bloquista e a administração da Unidade Local de Saúde de Entre Douro e Vouga (ULS EDV), que gere as unidades de saúde públicas de S. João da Madeira, Arouca, Oliveira de Azeméis, Ovar e Vale de Cambra, num universo de cerca de 300.000 utentes.
Naquele que foi o arranque da campanha às legislativas, Luís Fazenda considera que não encontra “motivos clínicos ou de gestão para que se entregue a gestão hospitalar aos privados” e que, se isso vier a acontecer, “o prejuízo vai ser da população, que vai pagar mais por menos serviços de cuidados de saúde”.
O dirigente partidário vincou ainda que “perspetiva-se a introdução de medicina privada nas instalações sanjoanenses”, e que um Governo em gestão, como é o do PSD e do CDS, “não tem competências para tomar decisões, com esta gravidade, para o Serviço Nacional de Saúde. A população não ganha nada com esta péssima opção”.
O BE diz que, nesta campanha, está de “pedra e cal”, firme na defesa do Serviço Nacional de Saúde, garantindo que ele possa prestar cada vez mais serviços de qualidade para todos os utentes, concluiu.
Além do candidato, a comitiva foi composta ainda por Moisés Ferreira (nº2 da lista), Eva Braga (eleita na Assembleia Municipal de S. João da Madeira) e Tiago Paiva (eleito na Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira).