A sanjoanense Joana Dias foi o nome escolhido para encabeçar a lista da CDU pelo círculo distrital de Aveiro às eleições legislativas de 10 de março. O PCP está sem representação distrital na Assembleia da Republica desde 1987.
A Coligação Democrática Unitária (CDU), que integra o PCP e Os Verdes, anunciou esta semana o nome da sanjoanense Joana Dias, 40 anos, como cabeça de lista pelo distrito de Aveiro às eleições legislativas de 10 de março.
Trata-se da estreia da sanjoanense como cabeça de lista. De acordo com uma nota biográfica divulgada pela CDU, Joana trabalha como ajudante de lar na Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas (CERCI) de S. João da Madeira, é ainda dirigente da União de Sindicatos de Aveiro e vogal da Assembleia da Freguesia de S. João da Madeira. Foi ainda membro da Direção Nacional da Interjovem e responsável pelo trabalho da Inter-Jovem no distrito.
De salientar que o PCP não tem representação no distrito de Aveiro na Assembleia da República desde 1987, desde que perdeu o deputado que a Aliança Povo (APU) elegeu, entre 1979 e 1985.
Já nas legislativas de 2022, a CDU apresentou o sindicalista Adelino Nunes como primeiro da lista.
“Aceitei este desafio com uma certeza inabalável, tanto melhor será a qualidade de vida das pessoas quanto maior for a força da CDU na Assembleia da República”, explica a ´O Regional’.
Enquanto mulher, trabalhadora e mãe garante ter a consciência de que este desafio “não é um desafio fácil” mas aceitou “com a certeza” de que é necessária uma diferente abordagem política para a melhoria da qualidade de vida das populações.
“Perante o agravamento das condições de vida, que contrasta vergonhosamente com os lucros astronómicos dos maiores grupos económicos e financeiros e com a falta de resposta do Governo aos problemas nacionais, como é que eu enquanto trabalhadora e mãe, conhecendo em primeira mão todas a dificuldades, aumento dos valores da habitação, aumento dos bens alimentares, perda de qualidade em serviços como a saúde e a educação, conhecendo a agravada dificuldade das pessoas em situação de carência e fragilidade física, mental e social, assumindo que não poderia deixar de aceitar este desafio".
Joana Dias acrescenta: “Eu sei que as pessoas não têm memória curta e sabem quem tem estado ao lado delas nas fileiras da luta. E não é agora, na véspera de eleições legislativas, mas desde sempre. Quer na defesa da linha do Vale do Vouga, quer na luta pela manutenção de várias valências e urgências hospitalares, como é o caso hospital de S. João da Madeira. Mas posso nomear também lutas mais recentes como por exemplo, a manutenção das urgências do Hospital de Águeda, a qualificação dos transportes em Oliveira de Azeméis ou a denúncia da entrega da concessão a privados da confeção das refeições, servidas aos alunos, no Agrupamento de Escolas de Arouca, que se tem mostrado insatisfatória e insuficiente priorizando o lucro ao invés da qualidade das refeições atribuídas às crianças", referiu durante o fecho da edição.