Executivo defendeu relatório “rico” num ano onde promoveu melhorias ao nível dos serviços e das atividades desenvolvidas, oposição criticou baixas taxas de execução e afirmou não entender “a apatia do executivo” em algumas áreas.
O relatório de contas de 2023 da Junta de Freguesia de S. João da Madeira foi aprovado com a abstenção da oposição na assembleia de 29 de abril. O presidente da junta realçou que o documento espelha, “de forma muito clara”, a atividade deste órgão autárquico em 2023. Rodolfo Andrade evidenciou que o executivo procurou melhorar os serviços e atividades da junta, ao mesmo tempo em que esteve presente em momentos marcantes da vida da cidade. O autarca realçou também que a execução orçamental, excluindo as receitas extraordinárias, ou seja, o saldo de gerência, “é muito próxima dos 100%” e reiterou uma máxima que tem vindo a defender. “Não vamos gastar em despesa corrente aquilo que é a receita extraordinária, não vamos esbanjar dinheiro para fazer um mandato espetacular, condicionando futuros executivos”, frisou.
Do lado da Coligação A Melhor Cidade do País, Jorge Duarte apontou o dedo às taxas de execução, que “ficaram abaixo daquilo que seria expectável”, ou seja, dos 85%. “Mais do que apreciar contas, que devem estar corretas, avalia-se aqui o executivo na capacidade de cumprimento dos objetivos para 2023, e que nesta prestação de contas se confirmam não atingidos”, declarou, apontando que várias rubricas, como exposições itinerantes, apoio à literacia financeira, passaporte gastronómico ou o ciclo de conferências têm uma taxa de execução zero. “Se é compreensível que atividades como o restauro de tanques públicos, para os quais é difícil encontrar uma empresa de construção interessada no trabalho, no caso do equipamento do parque, que surge com quase 40 mil euros, a situação não se aplicará, pelo que não se justifica que tenha ficado a zero”, constatou. “Já referimos antes: não somos a favor de despesismos desmesurados, no entanto com tanto que há a fazer na comunidade, sabendo-se que até ficou saldo de gerência, não se entende a apatia do executivo nestas áreas”, concluiu.
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