A Assembleia Municipal passada foi pautada pela votação dos novos membros da Comissão Executiva Metropolitana e pela discussão das contas semestrais da empresa municipal Habitar S. João, cujo ponto acabou por ser rejeitado aquando da sua apresentação
As contas semestrais da empresa municipal Habitar S. João foram apresentadas na última Assembleia Municipal e o presidente da autarquia, antes das intervenções dos deputados, deu conta que a variação sentida nas mesmas não significou uma “diminuição do investimento do pessoal”, mas que se prendem com o facto de alguns dos trabalhadores terem estado de baixa no período em causa. “De resto, a empresa continua a fazer a sua atividade no sentido de providenciar habitação”, afirmou Jorge Vultos Sequeira, realçando que, no final do ano, é que terão “um retrato completo” da atividade da Habitar S. João. Para o deputado da coligação ‘A melhor cidade do país’ Gonçalo Fernandes, “não faz sentido nenhum” as contas terem sido apresentadas nesta altura. “É um desrespeito para com um órgão fiscalizador da Câmara Municipal receber as contas da Habitar nesta altura. Se víssemos alguma coisa nas contas e quiséssemos recomendar alguma mudança de trajetória naquilo que tem sido a gestão da Habitar, em 30 dias não o iríamos fazer”, rematou, acrescentando: “O mesmo acontece, como referimos várias vezes, com a questão dos relatórios de desempenho organizacional.”
Para o deputado do Partido Socialista (PS) Leonardo Martins, o “exercício” da intervenção da oposição democrata foi de “uma hipocrisia tremenda”. “Se há alguma coisa que nos últimos sete anos a Câmara Municipal tem pautado, é por uma total transparência na gestão, quer da Câmara, quer da Habitar S. João”, declarou, recordando que a empresa municipal de habitação não tinha, há sete anos, um contrato de gestão com a autarquia, assim como exercícios na Assembleia Municipal para escrutínio de contas e atividades da Habitar S. João. “Este [é um] exercício que o PSD tenta fazer vestindo um fato que, claramente, não lhe cabe; é, aliás, dois ou três tamanhos acima”, acusou, realçando que há cerca de 20 anos não se construía habitação pública em S. João da Madeira e exemplificando que estão em construção mais de 200 fogos de habitação privada na cidade, assim como 11 fogos de habitação pública e “muitas dezenas” de requalificações em curso.
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