A gestão do lixo urbano continua a dividir águas. A Coligação PSD/CDS voltou a questionar a eficácia do serviço e denunciou falhas que prejudicam “a imagem da cidade”.
Sim, a gestão do lixo urbano e a sua eficácia voltou a ser tema na última reunião de Câmara, com críticas vindas de uma munícipe (ver caixa) e também da oposição. O tema tem sido recorrente, tem gerado discussão e continua a dividir o executivo PS e a Coligação PSD/CDS. A oposição voltou a denunciar situações de lixo acumulado junto aos contentores. O vereador, Paulo Barreira, referiu um caso em frente à CUF que testemunhou quando se dirigia para a reunião camarária desta segunda-feira. “Entendemos que é desagradável, prejudica a imagem da cidade, não promove as boas práticas ambientais. Embora o sr. Presidente vá dizendo que os resultados são positivos, a verdade é que essa perspetiva não é acompanhada por grande parte dos munícipes”, argumentou, achando difícil que o executivo não ouça críticas da população. O vereador pediu uma resposta “urgente” na melhoria do serviço de forma a torná-lo “mais eficaz do que tem sido”.
Fiscal do Ambiente permanentemente no terreno
Prometendo averiguar a situação denunciada, Jorge Sequeira afirmou que muitas vezes o lixo acumulado surge junto a contentores subterrâneos que “têm muita capacidade”. “Infelizmente temos muito munícipes que não se querem dar ao trabalho de abrir os contentores”, lamentou o edil, afirmando que existem imagens que comprovam isso mesmo. “Os serviços vão verificar e muitas vezes temos contentores ainda com capacidade para albergar lixo e as pessoas não colocam lá”, acrescentou.
Devido ao incumprimento recorrente, Jorge Sequeira informou que têm sido levantados “imensos autos de contraordenação”. “São muitos e muitas pessoas pagam voluntariamente a coima, outras defendem-se e o processo segue os termos jurídicos. Outras pessoas pedem compreensão da Câmara, dizendo que não repetem a conduta”, descreveu o autarca, realçando a presença permanente no terreno da Fiscal do Ambiente, uma figura criada em 2023, com formação adequada e que exerce ações de fiscalização. “Naturalmente que por vezes há problemas”, admitiu, prometendo verificar o que se passou na recolha em frente à CUF. “Terá sido uma situação anormal, deve ter havido uma falha no circuito de recolha”.