A proposta de aquisição de um prestador de serviços para dar continuidade à linha verde e azul do TUS foi aprovada por maioria em reunião de Câmara, mas com abstenção da coligação ‘A melhor cidade do país’.
“O que está em causa é sujeitar à concorrência a atividade da linha verde e azul do TUS [Transportes Urbanos do Município de S. João da Madeira]. Estão em causa duas linhas – um percurso com 36 quilómetros, 16 na linha verde e 20 na linha azul –, um serviço que ocorrerá durante a semana com início às sete horas e término às 20h e, ao sábado, das sete às 13h”, explicou o presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira, Jorge Vultos Sequeira. “São 13 circuitos diários, mantendo-se o atual modelo de contratação. O contrato que propomos é por sete anos e tem como nuance inovadora a imposição de aquisição de veículos elétricos a partir do segundo ano de vigência do contrato”, descreveu, acrescentando que, no futuro, “não estão excluídas possibilidades” em criar um serviço de transportes que satisfaça as necessidades específicas de pessoas que “tenham mobilidade condicionada ou reduzida” na cidade. Segundo o edil, o programa apresentado assenta no estudo realizado aquando da colocação das paragens novas do TUS em S. João da Madeira, assim como nos inquéritos de satisfação. “A grande marca do serviço é, seguramente, a introdução da gratuitidade no TUS”, considerou o autarca.
Para a coligação, o tema em discussão “não é apenas o serviço”, mas uma prorrogação por “mais sete anos e com um investimento de 2,4 milhões de euros”, “um montante significativo” que exige que o município tenha “rigor e mais fundamentação”. “Fomos surpreendidos quando analisamos este documento. Foram-nos apresentados relatórios que remontam a maio de 2019 a agosto de 2020, além de inquéritos [de satisfação] ainda mais desatualizados, datados de 2018”, observou Paulo Barreira. “Acho desajustado e não se adequa àquilo que é uma base sustentada de dados para podermos decidir. Não permitem corresponder às reais necessidades de mobilidade dos sanjoanenses em 2024”, afirmou, reconhecendo que a oposição “reconhece” a importância do TUS, mas que considera essencial a apresentação de dados que “fundamentem” a presente decisão.
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