A Câmara Municipal de S. João da Madeira disponibilizou, nesta semana, a documentação técnica que levou ao abate de árvores, na Rua Serpa Pinto, depois de duas sanjoanenses terem insistido em aceder aos relatórios fitossanitários.
As munícipes Ana Couto e Maria Luísa Ramalho continuaram a exigir à Câmara Municipal de S. João da Madeira a disponibilização dos relatórios fitossanitários, que estiveram na origem do abate de árvores na Rua Serpa Pinto, que se deu em março de 2020.
“Ainda não recebi nenhuma informação”, dizia Maria Luísa Ramalho, na semana passada, a ‘O Regional’, acusando a câmara de não lhe dar informações relativamente ao abate de árvores, designadamente os relatórios fitossanitários, mas também a denúncias que faz de maus tratos a animais.
“Eu julgo que não existem relatórios nenhuns, porque se não já estariam online, para todas as pessoas poderem ler”, apontou, então, completando que “se tem um ano o abate, os relatórios devem ter um ano também”.
‘O Regional’ contactou a Câmara Municipal, perguntando a razão pela qual ainda não haviam sido disponibilizados os relatórios fitossanitários em causa, uma vez que o abate ocorreu há quase um ano. Depois de algumas tentativas feitas pelo nosso jornal, na última semana, a resposta chegou, horas antes do fecho desta edição.
Fonte da câmara, agradecendo o empenho e ativismo das munícipes, indicou que “as senhoras têm tido resposta da parte do Presidente da Câmara sempre que colocam as questões pessoalmente, depois, reforçam o pedido por escrito”.
Na passada quinta-feira, dia 18, no período de intervenção do público da Assembleia Municipal, Maria Luísa Ramalho, que também pediu um ponto de situação sobre as candidaturas para voluntariado no canil intermunicipal, perguntou qual a razão pela qual, até à data, não recebera resposta aos emails enviados e insistiu nos relatórios fitossanitários.
Na resposta, o Presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira, Jorge Vultos Sequeira, esclareceu que a Associação de Municípios das Terras de Santa Maria, “atendendo ao contexto pandémico”, decidiu “declinar ofertas de voluntariado para o canil intermunicipal”.
Sobre os documentos técnicos, o edil disse que iria “verificar”, assegurando que “eles existem”. O autarca explicou ainda, relativamente às denúncias de maus tratos a animais, que “a câmara não é um órgão jurisdicional”, pelo que as denúncias são para a PSP e tramitadas no tribunal, conforme indicou.
A autarquia remeteu também a ‘O Regional’ a documentação técnica, que atesta a “podridão dos troncos”, resultado de “inúmeras podas (ou amputações) agressivas efetuadas a partir da década de setenta”, recomendando o abate das árvores na Rua Serpa Pinto.