
O BE alerta que a “esmagadora maioria” dos trabalhadores de calçado não está a ganhar mais do que o salário mínimo nacional, uma situação que “reflete a injustiça e desigualdade” vivida junto destes profissionais
A atual situação do setor do calçado, e os problemas laborais com que os trabalhadores se deparam atualmente, juntou os candidatos do Bloco de Esquerda (BE) e o Sindicato dos Operários do Calçado, em S. João da Madeira, na última sexta-feira, dia 10.
Moisés Ferreira, deputado e cabeça de lista do BE às legislativas de 30 de janeiro pelo distrito de Aveiro, explicou a ‘O Regional’ que este setor está numa situação em que a “esmagadora maioria dos trabalhadores” recebe o salário mínimo. “É inaceitável que um dos principais setores exportadores do país, e um dos setores onde se gera mais riqueza, viva nesta desigualdade e injustiça social”, disse o candidato.
Para Moisés Ferreira, atualmente, alguém que entre neste setor, “entra a receber o salário mínimo e a sua perspetiva de carreira é nenhuma”. Ou seja, “se um dia progredir para outras categorias e chegar ao topo de carreira, o que lhe espera é novamente o salário mínimo”, assume o deputado. Para o BE, este é um dos principais problemas do setor do calçado. “Se os patrões não valorizarem os salários e as condições de trabalho, este ramo corre o risco de se degradar de forma irreversível”.
Artigo disponível, em versão integral, na edição nº 3870 de O Regional,
publicada em 16 de dezembro de 2021

