Na apresentação do documento de prestação de contas consolidadas da autarquia, que aglutina as contas do município, da Habitar e da SANJOTEC, o presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira destacou que aquele grupo municipal teve “um resultado líquido positivo de 114 mil euros”. “Houve um aumento do ativo municipal comparativamente com o ano de 2023 em cerca de 3,6 milhões de euros; estamos a falar de capital investido e de todas as infraestruturas novas que foram construídas na cidade”, afirmou Jorge Vultos Sequeira. “O passivo, isto é, o recurso à banca, aumentou em 426 mil euros, mas estamos a falar de coisas diferentes, porque a Câmara utilizou os empréstimos contratados”, observou, adiantando que tanto as empresas municipais Habitar e Águas de S. João têm “um passivo zero”. Sublinhou, ainda, que a SANJOTEC também “reduziu o seu passivo”, sobretudo porque em 2024 foi finalizado um dos empréstimos destinados à construção do edifício SANJOTEC II. “O que temos para apresentar é um grupo municipal que tem saúde financeira, contas sãs e prudentes e capacidade de prospetivar o futuro”, concluiu o edil.
A coligação ‘A melhor cidade do país’ realçou a questão do investimento, sobretudo no que diz respeito às contas, e da “diferença que existe entre o que se promete e o que realmente se executa”. “Queremos voltar a referir a execução orçamental, porque é uma questão para nós extremamente relevante; termos exercícios entre o previsto inicial e as execuções finais de cerca de 70%”, declarou o vereador Tiago Correia. “Achamos que a cidade perde e perdem os sanjoanenses, porque deixam de ser feitos os investimentos que estavam previstos serem executados neste ano. Isso faz com que a cidade perca um custo de oportunidade”, observou, enfatizando que S. João da Madeira “perde”, “todos os anos”, “uma grande parte do valor” que tinha previsto investir “e que não se executa”.
No que diz respeito aos fundos comunitários, Jorge Vultos Sequeira garantiu que S. João da Madeira “não perdeu recursos” e que, por vicissitudes da contratação pública, os pacotes financeiros não são todos executados num ano. “A taxa de execução, situada em 70% ou 80%, não significa que aqueles recursos se percam; têm vindo a ser executados nos anos seguintes”, assegurou o autarca, acrescentando que o mesmo se passa nos outros municípios. “Gostaria de tranquilizar as pessoas e de dar essa nota”, salientou.