O atraso em algumas empreitadas camarárias continua a ser motivo de preocupação, principalmente devido a prorrogações de prazos de obras. Apesar de a Câmara Municipal considerar que um concurso sem interessados acaba por ser uma situação “pior”.
No seguimento da informação do executivo camarário sobre a aprovação do lançamento da empreitada da requalificação do edifício da antiga sede do Sporting, adquirido pela Câmara Municipal no âmbito do programa 1.º Direito, o edil comentou que espera o surgimento de empreiteiros que possam realizar a obra. “Vamos transformar aquele edifício, que já foi industrial e passou a ser sede do Sporting, em seis habitações”, recordou Jorge Vultos Sequeira.
Dada a existência de prorrogações de prazos em outras empreitadas, a oposição voltou a questionar o estado da obra do Parque Urbano da Devesa Velha, em frente ao jardim de infância. “O que é certo é que passamos lá e a obra continua, em certas partes, vedada e inacabada”, descreveu Tiago Correia. “No início, nós avisamos que o mesmo empreiteiro está a ficar com as obras todas e que isso ia dar problemas; foi o que aconteceu”, afirmou. O autarca referiu que falta colocar um pavimento de cortiça e que o prazo anterior foi discutido em reunião camarária. “O Castro Almeida deu uma entrevista à SIC a este respeito”, começou por dizer Jorge Vultos Sequeira, mas foi interrompido pelo vereador. “Não está a ser correto”, lançou Tiago Correia. “Interrompe-me e nem ouviu o que estava a dizer. O que eu ia dizer é que a falta de mão de obra é uma realidade, algo que o próprio Castro Almeida afirmou”, referiu o autarca, ressaltando de que aquela empreitada “sofreu essa vicissitude”. “Insinuar que a Câmara Municipal é cúmplice no atraso da obra é uma falsidade completa. Pior estão muitos concursos que têm ficado desertos, infelizmente”, lamentou. O vereador Tiago Correia considerou que, se “o preço for adequado”, “não faltam empreiteiros”.
Prédio abandonado no Sobreiral levanta preocupações
A oposição também alertou para um prédio abandonado na rua do Sobreiral, que “continua” a ser ocupado por pessoas que por lá pernoitam. O autarca adiantou que foi solicitado um estudo jurídico da questão. “A Câmara não tem recursos para remover essas pessoas; é o proprietário do prédio que tem de agir”, apontou Jorge Vultos Sequeira. “Há uma questão social, que a divisão social acompanha, e depois há uma questão entre privados, que não temos competência para agir”, distinguiu.
Oposição pede acalmia de tráfego para Fonte Cova
O vereador Tiago Correia sugeriu que, uma vez que a rua da Fonte Cova está a ser intervencionada, devia-se aproveitar para realizar uma acalmia de tráfego. “Toda a gente diz que é um ponto negro de acidentes na cidade. Até os jornais falam disso”, comentou, dando como exemplo a instalação de uma passadeira elevada. O edil informou que têm uma proposta da técnica da mobilidade para tentar uma solução, proposta essa que está em discussão interna.