“A Câmara Municipal não tem informação oficial”

Já no período de intervenção dedicado ao público, as munícipes Norlinda Lima e Ana Couto mostraram-se preocupadas com a gestão futura do hospital de S. João da Madeira. “Se a gestão vai ser privada, vou poder ir ao hospital quando precisar através do SNS [Serviço Nacional de Saúde]? Quem vai pagar? Se der prejuízo, quem paga?”, foram algumas das perguntas de uma das munícipes, Ana Couto. O presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira voltou a referir o que afirmou na passada reunião de Câmara pública. “A Câmara Municipal não tem informação oficial do que está em causa”, declarou Jorge Vultos Sequeira. “Defendo que o hospital deve permanecer no SNS. Qualquer solução para o hospital deve ter acesso gratuito aos cidadãos”, considerou.
Na passada Assembleia Municipal, o Bloco de Esquerda (BE) fez um voto de protesto em relação a esta matéria. “O hospital é dos sanjoanenses e do SNS. O caminho é do investimento público”, declarou a deputada Eva Braga. A Coligação Democrática Unitária (CDU) considerou que, apesar das dificuldades atuais, Portugal tem um bom Serviço Nacional de Saúde. “Em março de 2015, a urgência de S. João da Madeira estava encerrada e o governo decidiu colocar a Santa Casa da Misericórdia no comando”, observou a deputada Rita Mendes. Para o Partido Socialista (PS), a informação é “pouca ou nenhuma” para “uma discussão informada”. “Não posso deixar de lamentar o facto de o governo da República não ter informado a Câmara Municipal sobre este processo”, afirmou o deputado Leonardo Martins.

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