Uma cidade de futuro deve ser uma cidade mais humana. Vivemos uma época em que o distanciamento entre pessoas é crescente, alimentado por avanços tecnológicos, politicas erradas, uma sociedade consumista, entre outros fatores. O planeamento das cidades também tem aqui a sua responsabilidade, durante décadas as cidades foram construídas de costas voltadas para as pessoas, pensadas para as suas funções primárias: trabalhar e habitar. A centralidade era o betão e ruas que não eram mais do que meros pontos de passagem desenhados em função do automóvel. As cidades tornaram-se impessoais e “frias”.
Construir uma cidade de futuro passa também por devolver à cidade a sua humanidade.
Não é uma ideia, conceito ou utopia distante, é uma necessidade real e presente.
A nossa cidade hoje é pensada para ter espaços de fruição coletiva que proporcionem um sentido de pertença e comunidade, que contribuam para que nos liguemos enquanto humanos, que proporcionem uma maior harmonia com a natureza e o ambiente. Hoje a cidade é pensada em função de uma nova centralidade: as pessoas. Esta é uma exigência e reivindicação de uma sociedade cada vez mais ciente que a sua qualidade de vida está diretamente relacionada com a forma como projetamos os espaços urbanos.
A intervenção na Praça Luis Ribeiro e ruas adjacentes, na Rua Oliveira Júnior, na Rua Oliveira Figueiredo, na Rua do Vale, as diversas empreitadas em curso na cidade, como o novo parque da Devesa Velha, entre muitas outras já executadas, procuram esta mudança de paradigma.
A Avenida do Brasil será também brevemente requalificada, e se-lo-á para ser mais do que uma via de circulação, transformando o seu carácter de autoestrada urbana num espaço que assegure a boa circulação automóvel, mas também a convivência, a segurança, a mobilidade, o conforto e a sustentabilidade. Estão previstos novos espaços de lazer, passeios largos com pavimento confortável, zonas arborizadas, medidas de controlo de velocidade, mobiliário urbano de qualidade, equipamentos subterrâneos de deposição de resíduos, melhoria da rede de coletores de aguas pluviais, entre outras benfeitorias.
Será uma requalificação marcante, com uma extensão aproximada de 1,2 Km, num local de grande densidade habitacional, com muita presença de espaços comerciais e onde se inserem importantes equipamentos públicos. É um projeto que respeita todas estas existências, procurando um equilíbrio entre as diversas necessidades, sejam elas de circulação automóvel, de estacionamento, de mobilidade pedonal, de segurança ou de compromisso social e ambiental.
A requalificação da Avenida do Brasil, reforça o compromisso da Câmara Municipal com o desenvolvimento urbano sustentável e centrado nas pessoas. Mais do que um projeto de reabilitação, esta obra traduz-se numa aposta na qualidade de vida, na segurança e no conforto dos cidadãos.
Trata-se de uma intervenção que reconhece a importância do espaço público como um recurso comunitário essencial, onde cada munícipe pode sentir-se parte de uma cidade moderna, inclusiva e preparada para os desafios ambientais e sociais do século XXI.
Este é o nosso caminho, este é o nosso futuro. Uma cidade que orgulha quem nela vive, quem a visita e quem nela investe.
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