Um dia, a minha filhinha mais velha, talvez com 7 anos, vindo da catequese a pé, andou a apanhar no caminho umas florinhas silvestres e toda contente chega a casa e dirigindo-se a mim, estende os bracinhos com elas na mão e diz-me:
- Olha, o que apanhei para ti!...
- Põe numa jarrinha!...
Mas eu, insensível, disse-lhe:
Minha filha, tenho pena, mas elas tão pequeninas, embora tão bonitas não servem para enfeitar!...
Mas no mesmo momento caí em mim, olhando para a tristeza nos seus olhos, pois é muito sensível e muito introvertidas, sofre em silêncio!... Então, disse-lhe:
- Que rica menina!...
- Obrigada, está bem!... És muito bonita!...
Picaste os pézinhos a apanhá-las?
Não mamã!...Logo a sua carinha ficou tão risonha!...
Uma outra cena tocante que vi na Sic no programa” Olá Marco” foi ouvir a Rita Salema a dar o seu testemunho de fé ao afirmar que 3 irmãos seus morreram e que Deus continua a ser a sua força!... Afirmou, que muitas vezes, O questionou do porquê de tanto sofrimento, mas não perdeu a fé.
Uma outra cena que vivi e que me deu alegria, foi a seguinte:
Uma vez, em que acordei,como o povo costuma dizer, de”rabo para o ar” fiz tudo errado. Ralhei com toda a gente, fui incorreta, provoquei sofrimento, enfim um dia não!...
Resolvi ir à missa a pé e uma amiga perguntou-me se eu não tinha umas flores, pois precisava para enfeitar a imagem de Nossa Senhora no encerramento de um curso de noivos. Ela sabia que eu tinha, pois eu possuía um espaço para as cultivar. Fiquei tão feliz,por poder dar alegria à mãe do Céu, pelo meu dia tão infeliz e contei-lhe o sucedido.
Li também numa revista uma cena muito bonita na vida de um senhor bastante abastado de seu nome Fernando, mas a quem os vizinhos tratavam por Nando. Foi doando os seus bens, pois não podia ver ninguém sofrer e houve alguém que se aproveitou da sua bondade e ficou pobre. Mas para ele, pouco era preciso. Na sua pobreza, todos os dias passava pela Igreja. Entrava e saía. O encarregado de a cuidar avisou o padre que desconfiou daquela atitude. Podia ser alguém com a finalidade de roubar. Então um dia perguntou-lhe o que vinha ali fazer.
- Eu não sei rezar!... Chego aqui e só digo:
Ó Jesus, é o Nando e vou- me embora!...
Um dia, à saída da igreja, foi atropelado e foi levado ao hospital. Não havia hipótese de sobreviver.
Entrou em coma. No dia seguinte a enfermeira entrando na enfermaria viu o Nando inexplicavelmente muito feliz e sorridente. Perguntou o porquê de tanta satisfação!. Seria milagre?...
Logo ele explicou:
Eu vi Jesus que me disse:
- Ó Nando é Jesus!...
Olhando-a meigamente nos olhos, virou a cabeça para o lado e expirou.