Inspirado no Open da Austrália que está a decorrer em Melbourne. Frases como: espírito de sacrifício, luta pela sobrevivência, etc. A organização, tudo pensado ao pormenor, a evolução electrónica para prescindir dos juízes de linha, os fisioterapeutas sempre numa azáfama. Para mim, para além da elevada categoria dos participantes, logo uma elevada capacidade técnica em ambos os géneros. Mas, o que a mim me chamou a atenção, atendendo ao momento que o mundo vive com a pandemia, a organização deste torneio abriu as portas ao público, com a condicionante de a máscara só ser obrigatória quando os tetos amovíveis fechavam. O reverso, também não menos importante, foi quando surgiu a suspeita de que num hotel para quarentena alguém estaria infectado... logo aí voltaram a interditar as entradas ao público. Tudo isto é na Austrália!... De repente lembro-me que estou em S. João da Madeira.
E, continuando a pensar em ténis como um jogo maravilhoso que contribui para o desenvolvimento físico e mental dos seus praticantes mais jovens. Lembro-me que aqui na nossa terra houve um presidente da Câmara (Manuel Cambra) que resolveu construir uns campos de ténis. Foi pena não ter na sua equipa alguém que pensasse no desenvolvimento do ténis como formação desportiva. Não tinha o presidente M. Cambra e não tem o atual... isto é só um aparte.
Voltando aos nossos campos de ténis, que em tempos tão mal tratados foram, e só como exemplo vos digo que houve uns artistas que se serviram daquele espaço para treinar lançamento de peso. E ainda, como exemplo, houve um vereador que achou que aquele espaço era bom para se jogar futebol e vai daí mandou lá colocar umas balizas.
Também aspetos positivos se passaram naqueles campos de ténis... Um desses pontos foi a associação que organizava os campos de férias levar as crianças a terem uma experiência tenística. E aproveitando este movimento foi o aparecimento de dois jovens de formação superior, Rui Lopo (arquiteto), e Tiago Fontela (jornalista), que estiveram na génese da organização daquele espaço. E para mim foi na época a melhor secção desportiva a funcionar em S. João da Madeira. Que vida, que alegria se passou a sentir ali! Cerca de cento e cinquenta pessoas inscritas na secção e a usufruírem de treinos com técnicos credenciados. Torneios quase todas as semanas e para todas as idades.
Hoje, e já com alguma distância no tempo, olho para aqueles dias com alguma nostalgia, e recordo os bons momentos que vivi com aqueles jovens, até porque tinha lá envolvido em todo aquele movimento o meu filho Pedro Margalho.
Muitos motivos contribuíram para o fim desta aventura. Não vale a pena pensar nisso, acabou... Bem, pessoal... não me levem a mal estes desabafos e se não puderem jogar ténis, porque nos dias de hoje não nos é permitido, ao menos calcem uns ténis e caminhem.
Na música, o meu filho apresentou-me Parov Stelar e gostei por isso vos recomendo. Nos livros, “Aqui entre nós”, é o título do livro escrito pelo psiquiatra Júlio Machado Vaz.
Vamos acreditar que isto vai melhorar...