30Hoje ouvi uma reflexão que me tocou profundamente.
Resolvi publicá-la.
Nestes tempos tão conturbados em que vivemos, penso que é oportuno dá-la a conhecer, porque andamos distraídos.
O preletor baseou-se numa parábola muito conhecida do bom samaritano.
Criticou o crente que reza muito, vai à missa, mas é indiferente a quem sofre.
Como exemplo contou o seguinte:
- Um homem judeu muito sabedor, já que era Doutor da lei e que a ensinava no Templo, quis com muita malícia, pôr à prova Jesus e perguntou- Lhe:
- Mestre, que devo fazer para ter a vida eterna?...
- Tu que és Doutor da Lei deves saber!...
- Que dizem os mandamentos?...
- Amarás a Deus com todo o coração, com todas as tuas forças, com todo o teu entendimento e ao próximo como a ti mesmo.
- Sim senhor, faz isso e viverás!...
E quem é o meu próximo?
Jesus então conta-lhe a história de um homem que foi assaltado, roubado e deixado quase morto no caminho.
Passou por ali um sacerdote e um seu colaborador e não fizeram nada ao infeliz que jazia no chão, porque a lei dizia que se tocassem em sangue ficavam impuros e em pecado.
Então um samaritano, que ia de viagem e que era considerado pelos judeus, como gente reles, sem fé, porque não ia ao Templo adorar a Deus, pegou no homem, deitou- o na sua montada, pôs nas feridas o que achava que fazia bem: azeite e vinagre e deixa- o numa estalagem. Pagou uma importância ao dono, para que tratasse bem dele e que tudo lhe pagaria no regresso.
Jesus no fim pergunta ao Doutor da Lei:
- Quem foi o próximo do ferido?...
- O que o socorreu!...
Então vai, faz o mesmo e terás a vida eterna.
Para sermos felizes temos muitas vezes de perder, para ganhar uma vida, como fez o samaritano:
-Perder o nosso tempo;
-O nosso dinheiro;
- Alterar os nossos planos;
- Passar trabalho e sofrer incómodo.
Ora amar o próximo é difícil. Só com Deus o podemos fazer. Daí ir ao Seu encontro, uma vez por semana, pois muitos só entram na igreja no batismo dos filhos, no casamento ou então numa carreta no funeral.