O papa Francisco sentindo-se muito mal e pensando que a sua partida deste mundo estaria para breve, publicou retalhos da sua vida impressionantes, que eu desconhecia.
Neles relata como surgiu a sua vocação.
Era um rapaz muito alegre e amigo de apreciar o que todos os rapazes apreciam: ir a festas, jogar futebol, divertir-se com os amigos e sempre com uma alegria esfusiante.
Um dia, com 17 anos, saiu, para ir ter com eles. Era um estudante que trabalhava e que estudava. Numa destas saídas, passa pela igreja da sua terra e vê um sacerdote no adro da igreja, que ele não conhecia. Então lembrou-se de se ir confessar, talvez até por curiosidade de saber mais, porque estaria ali, pois parecia que estava à sua espera.
A ternura com que lhe falou de Deus e a compreensão que manifestou pela sua vida e pelas suas faltas tocaram-no profundamente.
Quem me dera ser como este servo de Deus!...
Daí a sua determinação em ser sacerdote.
Entrou nos frades jesuítas, cuja regra se baseia na conversão dos mais ricos.
O papa Francisco dedicava-se aos mais pobres.
Enviaram-no para Espanha durante 3 anos. Ele ali sofreu muito. A sua vocação era fazer tudo por estes. Em silêncio, Deus ouviu-o e foi nomeado bispo para Buenos Aires. Aí, foi tocante. Viajava no autocarro como os demais, sempre muito alegre e falando com todos.
Nomeado papa, abdicou da cruz de ouro, e do anel do mesmo material por uns de aço. Rejeitou os sapatos vermelhos de cerimónia, para receber altas dignidades e ele próprio foi a uma loja comprar uns pretos vulgares. Não quis os aposentos papais e foi viver para a casa de Santa Marta, onde recebem pessoas.
Um dia, a marca italiana Lamborghin, pôs um carro desportivo de alta cilindrada à sua porta.
Era uma oferta. Foi vendido e doado em favor dos mais pobres, bem como uma mota valiosa também doada, e com o seu nome gravado.
Aquando das jornadas mundiais da juventude no Brasil, tinham à sua disposição um carro blindado, para evitar um atentado. Ele recusou, pois tocar e falar com todos é o seu lema.
Meus queridos leitores, ele mesmo doente e em perigo de vida, sofre e continua a mostrar o seu carisma: amar todos, todos, todos.