Sanjoanenses, chegamos assim ao fim de mais um ciclo eleitoral do nosso belo e quase centenário concelho. A democracia prevaleceu e o povo fez-se ouvir.
Nestas eleições, foi um enorme privilégio e uma grande honra para mim ter integrado uma candidatura e ter participado numa campanha que fiz por uma cidade. Pela minha cidade. Pela nossa cidade.
Corri tudo. De Fundo de Vila à Devesa Velha. Da Mourisca à Avenida da Liberdade. Da Praça ao Parrinho. Mas mais do que ruas, percorri por toda a cidade as inacreditáveis, inspiradoras e belas histórias de vida de tantos e tantos sanjoanenses.
Neste último mês, na Faculdade de Medicina, os professores ensinaram-me a sentir o pulso arterial de um doente. Mas foi nesta campanha que os sanjoanenses me ensinaram a sentir o pulso da nossa cidade. E que pulso forte, vibrante e cheio de vida!
Entre tantas conversas e lições de vida que dariam um livro inteiro (talvez um dia, quem sabe), escolho, injustamente e por estar limitado no número de palavras que posso escrever, apenas dois momentos dos muitos que jamais esquecerei.
O primeiro de que vos falarei deu-se a meio do mês de setembro. A Dr.ª Marta Temido, a nossa eterna Ministra da Saúde, quando veio a São João da Madeira no âmbito das eleições autárquicas, fez questão de se dirigir a mim, à margem de uma multidão que a rodeava e a aclamava alegremente, enchendo de gratidão os Paços da Cultura, e disse-me:
“Alexandre, nunca te esqueças disto: a Política e a Medicina não são sobre nós próprios. A Política e a Medicina são sobre cada pessoa que por nós se cruza.”
E assim o é, verdadeiramente. Tanto na Política como na Medicina, visto todos os dias, com alegria e responsabilidade, o pesado e honroso fato de tentar tornar a vida de cada pessoa que por mim se cruza um bocadinho melhor. E que privilégio, que orgulho, que felicidade é poder fazê-lo!
Umas semanas depois, no nosso Mercado, a vida encarregou-se de me apresentar, in loco, um exemplo tácito dessa frase. Uma senhora, de quem apenas me arrependo de não ter perguntado o nome, disse-me, por detrás do balcão da sua peixaria, enquanto amanhava uma dourada, com a imensa sabedoria de quem fala do coração, o seguinte:
“Rapaz, por favor dá-nos o teu melhor para que sejamos todos mais felizes.”
Na altura apenas sorri, mas a frase ficou comigo durante dias. Hoje, respondo-lhe: prometo-lhe que darei sempre o meu melhor para que sejamos todos, mas mesmo todos, mais felizes!
Sanjoanenses, este não é o final da minha história convosco. É apenas o início. Por cada pessoa, por cada sanjoanense que por mim se cruze, darei sempre o meu melhor para que sejamos todos mais felizes!
Sanjoanenses, será sempre este o meu mote.
Um grande obrigado por esta linda jornada. “No fim são sempre celebrados os felizes.”

