Opinião

Regresso ao futuro...

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Têm toda a razão, trata-se de um título de um filme que, por sinal, pode ser um exercício bastante interessante: regresso ao futuro! Trata-se de uma ideia, para ver se consigo fazer o mesmo exercício, mas para o momento atual que vivemos no nosso país: a campanha eleitoral.
Ao ouvirmos os protagonistas, líderes dos partidos concorrentes às eleições legislativas, teremos três concorrentes convictos que irão ganhar. E, ao afirmarem-se como vencedores não se apercebem, ou não se querem aperceber de que estão todos a falar do mesmo e apresentando as mesmas promessas. Seria neste ponto que se aplicava a ideia do regresso ao futuro para verdadeiramente e em consciência pudéssemos votar no partido certo para nos governar.
Pela experiência, e se fizermos o regresso ao passado, ficamos esclarecidos de que não há muito a esperar de quem nos quer governar. Não será agora que nos enchendo os ouvidos de promessas vãs e, com um forte cheirinho a demagogia, que vão pensar que nos enganam. Na minha condição de “mais velho” e ex-combatente, deixam-me a pensar de que até posso fazer aquela brincadeira infantil, um, dó, li, tá, ou atirar moeda ao ar, desde que vote num partido qualquer o meu futuro está garantido. Todos dizem que a reforma vai para o mínimo nacional , que o meu filho e os filhos dos outros, e netos dos outros não terão de abandonar o país à procura de uma vida melhor... É só ouvi-los, com a convicção de que o nosso amado país vai-se tornar num paraíso para todos nós. Como seria interessante termos a possibilidade de fazer o “Regresso ao Futuro”.
Senhores líderes, o que vos pedimos é que sejam honestos , em vez de se atacarem uns aos outros. Porque, se olharem bem e, em boa verdade, todos têm telhados de vidro. Se, de facto, nos querem governar, aqui, entra, a minha veia utópica, unam-se todos, juntem o melhor de cada um de vós e, façam-nos avançar... Se não corremos o risco de ficarmos muitos mais anos a marcar passo, e a ver os outros povos nossos vizinhos a avançar. Na certeza de ganhar, vamos ter mais do mesmo... Quem ganha é o maior e vai querer governar, naturalmente! E, quem perde tudo fará para criar obstáculos a quem governa. O nosso país merece mais, merece o melhor. Mas quando é que este sonho acontecerá? Será que os políticos se esqueceram todos da palavra solidariedade?! Como exemplo para dar força a esta crónica, tive a oportunidade de assistir a um documentário sobre uma experiência em Inglaterra de algo que já há bastantes anos acontece nos Estados Unidos. Num infantário juntaram crianças de quatro anos com idosos com mais de oitenta anos para prepararem uma festa de Natal. E durante quinze dias mantiveram o convívio e os resultados foram fantásticos! Alguns dos idosos melhoraram a sua mobilidade e outros voltaram a sorrir! Penso que seria uma experiência que podíamos e devíamos fazer cá pelo burgo.
Na música, Jon Batiste.
Nos livros, “Desenmerda-te minset”, de Fernando Moreira.
Não se esqueçam de votar... E bem!

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