Surpreenderam-me… as recentes declarações do chefe de Gabinete do Presidente, (amigo) José Fonseca. De algum modo… no papel de vereador para o Desporto (sendo a pasta do Presidente), parecer-me todavia, um tanto distante do contexto e deficientemente informado e consciente, da (previsível) má gestão quanto ao espaço na nossa piscina interior – 25 mts., a propósito da falta de vagas para (cerca de 100…) utentes.
Fixamo-nos na sua afirmação a propósito da capacidade máxima do equipamento, 623 vagas e, uma presente ocupação por 524 utentes – desde logo, algo falhará na administração do espaço. (1) Não preenchimento das ausências resultante de desistência de utentes uma situação recorrente ano após ano. (2) O “trabalhinho de casa” não será levado em consideração isto é, certificação de tais “desistências” de utentes independentemente do seu motivo ou razões. Sendo eu próprio (o escriba) testemunha viva dessa factualidade - falha administrativa… (3) São factos, acontecimentos diários que contribuem fatalmente para tempos mortos ou, horas quase mortas sem quaisquer presenças de utentes que resultam até em monitores/profissionais que se ausentam das instalações nesses períodos (um vício já antigo…). (4) Ainda, quando nos fala o dr. José Fonseca de listas de espera de Porto, Matosinhos, Gondomar, Maia e Paredes, ignorar que essas escolas de natação funcionam (também) ao domingo, com turmas sobretudo de bebés e dos níveis etários mais baixos, ao invés na nossa Escola Municipal, vá lá saber-se porquê… (Áquelas, junte-se-lhe as escolas de Póvoa de Varzim, Famalicão, Paços de Ferreira, Felgueiras, Valongo, Penafiel mas outras mais…).
Parece(…), funcionar ali a coisa (muito) ao jeito de uns poucos (acomodados) em prejuízo de uma mais rigorosa administração do espaço. Exemplo disso mesmo, nas escolas de natação das cidades apontadas pelo Chf. de Gabinete do Presidente, a actividade aquática prolonga-se diariamente até cerca das 23.30hs. Por cá, no nosso querido burgo, a hora limite de fecho da actividade acontece pelas 22.00hs(…).
Porém, uma razão (se quiserem… justificação) primeira, na base das supostas limitações que o equipamento vem oferecendo à comunidade local, reside em claro desinvestimento por banda do município sob a égide de Jorge Sequeira – o lado infeliz duma câmara que olha para a actividade desportiva local em geral com “visão” deveras redutora – observe-se o corte recorrente no(s) orçamento(s) municipal para o efeito…
O desinvestimento no que a piscinas e escola diz respeito, é facto real. Se num passado ainda recente, a escola de natação mobilizava à volta de uma dúzia de técnicos monitores sendo que, desses, cerca de metade eram profissionais efectivos, hoje por hoje, sobram ou residem ali uns parcos dois (2) quando muito, três (3) monitores da casa… Há de parecer(nos)…, absolutamente esclarecedor. E, assim(…), reunidas as condições de menor factor despesista resumido ao que poderiamos “designar” de: “um mal necessário” – ilusória, tal ideia político/desportiva e à qual se adiciona uma Divisão de Desporto cansada, viciada em velhos costumes e, decididamente, desenquadrada com a realidade da Cidade.
É, porém, verdade(…). Uma Escola “certificada com nível ouro” (Nível III do programa Portugal a Nadar da FPN) que, algo nos diz demasiado curta para tamanha qualificação… Andarão (provavelmente…) distraídos os especialistas (entidades contratadas), assessores representativos que acompanham e auditam o programa federativo. Matéria específica, que em momento oportuno não deixarei de abordar.
(o autor escreve segundo o antigo acordo ortográfico)