Opinião

Reflexão sobre realidades citadinas

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Sou a Voluntária de rua da Causa Animal. Em tempos de decidir o que pretendemos para o nosso País, eleições legislativas a 18 de maio e decidir o que queremos para a nossa Cidade, eleições lá para setembro/outubro, podemos e devemos refletir sobre as promessas feitas pelos nossos políticos.
Na minha humilde opinião os nossos políticos vivem e trabalham numa realidade diferente e por vezes divergente da realidade dos cidadãos.
As promessas feitas suplantam em número e qualidade as realizadas quando são eleitos. Pergunto-me, porque será?
Não podemos andar distraídos e abstraídos com as nossas vidas rotineiras no quotidiano. Temos de ganhar o hábito de exigir que os eleitos sejam mais fazedores e menos faladores.
Na nossa Cidade, pergunto, a quem cabe a responsabilidade da manutenção das estradas e passeios?
Da manutenção do património municipal, das escolas, das habitações sociais, dos parques públicos?
Dos transportes públicos, do património arbóreo, dos animais urbanos, do saneamento básico, da iluminação pública?
Estes requisitos são da responsabilidade do município e serão certamente os eleitos a realiza-los ou não?
A semana passada, quando me desloquei à hora de almoço a loja dos correios, aos CTT, fiquei admirada, pois os mesmos encontravam-se encerrados. Fecham das 12h30 às 14h00. Desde que me lembro, este” serviço público” estava, esteve aberto, à hora do almoço, durante o dia.
Isso era antes, agora na privatização do mesmo, quem perde somos todos nós. Infelizmente. Este é um só exemplo de que, não devemos andar distraídos, não permitir que os serviços públicos percam a globalidade, a universalidade ao serem privatizados.
Temos de exigir serviços públicos com qualidade e gestores competentes no sentido dos mesmos não serem privatizados.
Transportes públicos, nomeadamente as paragens. Os sanjoanenses, já repararam na diversidade de abrigos que existem nas paragens dos autocarros? Existem paragens sem abrigos e aquelas que possuem abrigos, estes são de diversos tipos. Existem uns com vidros laterais e na cobertura. Sendo suposto protegerem os utilizadores da chuva, do vento ou do sol. Experimentem, num destes eventos abrigarem-se aqui, enquanto aguardam o autocarro. Experimentem e depois pensem. Estes abrigos não servem para proteger. Então, o conforto, o prático foi substituído pela estética. Inconcebível.
Na rotunda frente ao Burger King, na Av. Dr. Renato Araújo encontra-se há demasiado tempo, vários meses, um poste de iluminação caído tornando esta zona escura. Apesar do município ter conhecimento este poste continua adormecido na rotunda. Inexplicável. Perto desta rotunda, na rua Dezasseis de Maio, existe um buraco enorme, em consequência de uma rotura de saneamento que há vários meses necessita de manutenção. O que se passa? Inacreditável.
E para terminar, constato e pergunto.
As obras realizadas pelo privado demoram pouco tempo a serem concluídas quando comparadas com as obras públicas municipais.
As obras públicas municipais ou estatais demoram anos a ser concluídas, depois verificamos que os nossos eleitos a maioria trabalha ou é proprietário de empresas imobiliárias. Como é isto possível? O que torna o privado fácil, rápido e o público complicado e demorado.
Segundo alguns políticos, a causa estará na burocracia, pois, mas os detentores financeiros terão uma burocracia diferente? Será? Dá que pensar.
Fiquem bem. Sejam felizes.

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