Opinião

Rascunhos - São João da Madeira e a Preservação Ambiental

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São João da Madeira tem se destacado pela sua capacidade de inovação e desenvolvimento. Contudo, à medida que avançamos para uma era de maior consciência ambiental, surge uma nova questão: como pode esta cidade contribuir para a luta contra a crescente produção de resíduos?
A necessidade de preservar o ambiente nunca foi tão premente. Todos os dias somos bombardeados com informações preocupantes sobre a quantidade de resíduos que produzimos, sobre o esgotamento dos nossos recursos naturais e sobre as consequências catastróficas do nosso descuido ambiental.
No âmbito da União Europeia, Portugal tem metas claras e exigentes para a valorização de resíduos urbanos, um objetivo ambicioso, mas necessário. Como parte desta grande comunidade, São João da Madeira deve mobilizar-se para a realização destas metas.
Em 2019 o município apresentou o projeto, em 2021 a coligação “Melhor Cidade do País” propôs a implementação do sistema PAYT (Pay-As-You-Throw ou Pague pelo Resíduo que Produz) em São João da Madeira, uma medida que poderia ter colocado a cidade na vanguarda da sustentabilidade ambiental em Portugal. Infelizmente passados 4/5 anos, continuamos estagnados na implementação e a proposta da oposição “A Melhor Cidade do País” parece ter sido ignorada pelo executivo socialista!
Hoje, a cidade enfrenta o risco de ver a fatura dos resíduos aumentar e muito, sem que os cidadãos possam poupar com o que reciclam. Este é o resultado da falta de visão de quem está à frente do município, que não foi capaz de perceber as vantagens, tanto no ambiente como para a economia local.
Mas no futuro, como pode a nossa cidade contribuir efetivamente para esta causa? A resposta reside num princípio muito simples: quem reciclar mais, paga menos. A introdução de um sistema tarifário de resíduos independente do consumo de água promete trazer justiça à taxa de resíduos e, mais importante ainda, incentivar uma gestão mais responsável dos nossos resíduos. Este novo modelo assenta no princípio do poluidor-pagador, visando promover uma maior responsabilização dos cidadãos pela gestão dos seus próprios resíduos, como já acontece noutros concelhos.
Esta é uma estratégia que pode trazer enormes benefícios para a cidade e para o país, se for bem implementada. Ao tornar a reciclagem uma prática mais vantajosa economicamente para o cidadão, estamos a incentivar a adoção de um comportamento mais sustentável, reduzindo a produção de resíduos e contribuindo para um ambiente mais saudável.
São João da Madeira, como um núcleo de inovação e progresso, devia estar, já, numa posição privilegiada para liderar esta mudança. A cidade ainda vai a tempo de se tornar um bom exemplo para o resto do país, mostrando como é possível conciliar o desenvolvimento económico com a sustentabilidade ambiental.
Por enquanto, apelo a todos os são-joanenses para reciclem mais, reduzam a produção de resíduos e contribuam para um futuro mais verde.
A preservação do ambiente é uma responsabilidade de todos nós e, se agirmos juntos, podemos fazer a diferença.
Por um São João da Madeira mais verde, e por um Portugal mais sustentável.

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