Opinião

Rascunho!

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São João da Madeira conquistou a nível nacional um reconhecimento francamente positivo no que toca ao progresso económico e social

A caminho do centenário, nem uma palavra sobre a expansão do território!
São João da Madeira conquistou a nível nacional um reconhecimento francamente positivo no que toca ao progresso económico e social, sendo na região, o centro industrial e uma marca de referência. Muito se deve à vontade convicta dos sanjoanenses que, no passado, através do corajoso Grupo Patriótico Sanjoanense, “lutaram” incansavelmente pela emancipação a concelho, antecipando que o Município não fosse prejudicado pela inferior categoria administrativa e, dessa forma, abrandasse o desenvolvimento que ambicionava e que nos é singular.
A verdade é que o concelho evoluiu, criou infraestruturas, mobilidade, captou empresas, gerou valor e condições de vida de excelência, valorizou a memória e, em 2010 chegou a melhor cidade do país no que toca à qualidade de vida.
Hoje, na minha opinião, a cidade está acomodada, sem maturar ideias estruturais e afastada de poder ser uma cidade diferente, “construída” e desenvolvida assente em diferentes paradigmas. Qualquer desenvolvimento e evolução, pensado para uma cidade, deve ter em conta novas realidades e onde pretende chegar! Para melhorar a qualidade de vida dos sanjoanenses, é preciso perceber as suas necessidades, mas também perceber quais as necessidades de uma cidade.
No meu entender, o alargamento do nosso concelho é crucial para atender a estas necessidades e parece-me evidente, os motivos e as vontades!
Em 2017, na tomada de posse do primeiro mandato do atual executivo da Câmara Municipal, o Presidente Dr. Jorge Vultos Serqueira assumiu como “designo de alcance estratégico, o alargamento do nosso território”. Ao longo do mandato foi repetindo essa intenção com alguma frequência em intervenções públicas, chegando a prometer “delinear um plano político para que uma vez por todas, este desfecho se concretize”, criando expectativas legitimas aos sanjoanenses. Na realidade, depois de tantas oportunidades esvaziadas em palavras, atualmente, nem as palavras nos fazem acreditar!
Ainda no dia 16 de maio de 2022, na sessão solene das comemorações do 38º aniversário de elevação a cidade, o provedor da Santa Casa de Misericórdia José António Pais Vieira, na sua intervenção como comissário das comemorações, enalteceu as conquistas do passado. No entanto, focou-se no futuro de São João da Madeira, quando desafiou o Presidente da Câmara Municipal a “cumprir com a integração de Milheirós”. Como resposta, o silêncio, muito provavelmente intencional!
Passados 5 meses, no 96º aniversário de emancipação a concelhia, 11 de outubro de 1926, data que se deixou de pertencer a Oliveira de Azeméis, esperava-se que no discurso do Presidente da Câmara Municipal, o assunto fosse retomado com a determinação que havia demonstrado na tomada de posse de 2017, onde se referiu ao alargamento do nosso território como de “alcance estratégico”. Para espanto: nem uma palavra!
Tendo em conta que a conjuntura política é claramente favorável ao Partido Socialista, por razão obvia da maioria parlamentar na Assembleia da Républica, não vejo o que sustenta este silêncio! Até porque, sendo o atual Presidente da Federação Distrital de Aveiro do PS o Presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira, julgo que com vontade e coragem política nada o limita a concretizar aquilo a que se propôs!
A caminho do 100º aniversario de emancipação a concelhia é preocupante não se conseguir identificar uma ideia estruturada, que projete o futuro!
Nem uma palavra que faça da nossa História, a força para fazer História!

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