Opinião

Quatro Notas

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A Paz tem que ganhar!
Quanto mais os canhões e as bombas fazem estremecer o solo ucraniano, nas TVs que “temos”, mais se ouvem comentadores a dizer coisas erráticas e a lançar fake news que nem Donald Trump se atrevia a fazê-lo. Esta guerra, para além da desgraça dos povos afectados, está a provocar uma autêntica exposição de disparates revisionistas da História.
As excepções que aparecem na TV (mas pouco), como o Pedro Tadeu, Pacheco Pereira, Alexandre Guerreiro, o Major General Carlos Branco e alguns militares que não decorei o nome, são flashes que fazem um pouco de luz neste nevoeiro mediático que nos envolve.
A palavra UCRÂNIA é a mais falada e escrita nestes dias. A antiga província do Império Russo, posteriormente República Soviética, criada e ampliada com mais territórios e povos no mandato de Estaline e reforçada no mandato Khrushchov, viveu em paz desde 1945 até fim da União Soviética.
Os novos capitalistas da Rússia, aqueles que se apoderaram do património que era do Estado, Putin e seus correligionários, entenderam que podiam violar o Direito Internacional e imitar os americanos e a NATO no Vietname, no Afeganistão, no Iraque, em Belgrado, etc. O resultado do seu acto é igual aos casos anteriores.
Neste momento, quando muitos só falam de retaliações e sansões, o que seria importante e eficiente era conseguir, urgentemente, o cessar-fogo. Só com o cessar-fogo é possível discutir os problemas de segurança da região e obter uma paz duradoura entre todos os vizinhos.
Oxalá se consiga!

Justiça Social
No meio de tanta especulação mediática sobre a Ucrânia, passou despercebido o 20 de Fevereiro, data que a ONU estabeleceu ser o Dia Mundial da Justiça Social.
O Movimento Erradicar a Pobreza (MEP), fez eco desta efeméride.
O MEP chamou à atenção para o facto de se assistir “ao profundo agravamento da injustiça social, quer em Portugal, quer à escala do planeta”.
As publicações do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre rendimentos e condições de vida revelam que em 2019, 16,7% dos portugueses estavam em risco de pobreza e, em 2021 este indicador subiu para 22,4%.
As mulheres, especialmente as mais idosas, foram as pessoas mais afectadas.
O crescente liberalismo da nossa economia (cada vez com mais privatizações, mais parecerias público-privadas e outras trapalhadas que fazem o Estado ser uma vaca leiteira de alguns) é a ideologia facilitadora para tornar os ricos mais ricos, os remediados mais próximos dos pobres e os pobres ainda mais pobres. Segundo o Expresso, os 5% mais ricos em Portugal, têm, actualmente, 42% da riqueza nacional, percentagem muito superior à verificada na generalidade dos países da Europa.
Neste contexto, o Movimento Erradicar a Pobreza apela para que exijamos o cumprimento do artigo 23.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos (sobre o “direito ao trabalho” e o “direito a uma remuneração equitativa e satisfatória”) e do art.º 58.º da Constituição da República Portuguesa (que “consagra que todos têm direito ao trabalho” e que obriga “o Estado a promover a execução de políticas de pleno emprego”).
Um dia será realidade!

O Berbicacho
O Presidente da República, em Novembro, decidiu convocar eleições na vez de exercer a sua influência para que os partidos arranjassem uma solução de Orçamento, sem a “bomba atómica”.
O Presidente dissolveu o Parlamento, por causa da bazuca, dizendo o País não podia esperar e era necessário haver eleições urgentes, para no mês de Fevereiro termos aprovado o Orçamento de 2022.
Como está bom de ver, o senhor Presidente da República enganou-se profundamente. Não teremos Orçamento em Fevereiro, nem em Março, nem em Abril. Talvez, se tudo correr bem, tenhamos em Maio. Ou seja, meio ano depois.
Na realidade, Marcelo, ex-Presidente do PSD, queria retirar à Esquerda a capacidade de influenciar o governo e promover o Bloco Central. O primeiro objectivo correu-lhe bem, o segundo saiu furado e o PS conseguiu a maioria absoluta A Esquerda ficou reduzida, mas o PSD ficou mãos das extremas direitas e Costa ficou sozinho com o “pote”, tal como Sócrates já havia ficado.
Marcelo criou um grande berbicacho!

Repuxos não!
Depois de terem retirado a pista do Natal da patinagem no plástico, agradou-me ver a Praça mais ampla e livre dos repuxos. Após Janeiro, comecei a reconciliar-me com as obras dali e convenci-me que o leader da autarquia, finalmente, chegara à conclusão de que aqueles jactos de água eram inúteis e desinteressantes.
Pensei com os meus botões: melhorou no gosto! Quem o terá convencido?
Pensei mal. A semana passada o granito voltou a ser molhado. O Presidente Sequeira, contrariando o apelido que herdou, está obcecado em regar as pedras.
Vamos ter que esperar muito para que a obsessão passe, um passarinho disse-me que o homem vai cá estar mais 8 anos!

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